PRIMEIRO CONTATO II

Aquele nome não me era estranho. Eu sabia que o dono daquele nome não era “um qualquer”. Foi até por isso, que naquela noite, saindo do trabalho, exaurida, resolvi repor as energias entrando naquele teatro. A energia que vibra no teatro, principalmente durante a apresentação de um espetáculo, é única. A mais autêntica possível, capaz de, como numa sessão de Reiki ou de terapia Ayurvédica, recolocar e reorganizar todo desequilíbrio energético que porventura possa haver. De todos que possam estar dentro do raio de ação daquele campo vibrante, revigorante. Algo assim como se, não pudesse haver nada em desalinho no que se refere ao binômio corpo-mente, para que tudo possa se desenrolar perfeitamente bem. O espetáculo tinha o nome dele no elenco e como autor, um tal escritor conhecido não somente pela sua arte, mas também por outras contingências da vida que não vem ao caso no momento. Um escritor que um dia, tragicamente, a despeito dos caminhos insólitos que sua vida insistia em percorrer, viveu o ano velho mais feliz que o novo. Pensei então que o espetáculo, ao menos pelos nomes que o assinavam, devia ser bom, devia valer à pena conferir. E foi nesse clima então, que o primeiro contato aconteceu.

Nilamaria
Enviado por Nilamaria em 31/05/2011
Reeditado em 10/06/2011
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