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CRÔNICA TRISTE
Hoje andamos pelo mundo descartando coisas, nada dura muito, nada tem muita importância, é tudo passageiro.
Isto, sem falar naquilo que já foi criado pra usar uma só vez e jogar fora. Tão fácil colocar no lixo a fralda descartável, os pratos, os talheres de plástico, os macios e úteis lenços de papel, enfim... Tudo tão prático e tão ironicamente higiênico.
Ninguém mais precisa ralar os dedos pra branquear os saquinhos de algodão que coavam o café, o velho esfregão, os “paninhos” das mulheres, nem as fraldas dos bebês. Até as lentes de contato, de sessenta em sessenta dias, fazem a última viagem, migram de nossos olhos para o lixo. E, por alguns momentos, breves é claro, não enxergamos o que não queremos ver...
Realmente, hoje, é tudo muito fácil e muito transitório.
Onde estão as velhas latas de lixo que todo o guaipeca adorava virar?
Hoje já nem vira-latas temos, passaram a “rompe-sacos”, mas os cães de rua continuam aí, famintos, rasgando sacos frágeis, práticos e poluentes.
Nunca tivemos tanto lixo na face da Terra, já que tudo é temporário e vence com uma rapidez incrível.
Ontem nem sonhávamos com telefone celular, hoje não podemos viver sem eles e, a maior parte dos usuários, troca de aparelho frequentemente, quando não, de número. A fila anda. E assim vamos perdendo nossa identidade e o brilho dos nossos olhos, neste mundo descartável e cada vez mais sujo.
E esta seria uma crônica apenas suja, mas não triste, se não cometêssemos a imprudência de descartar o insubstituível: os valores, os afetos, as pessoas.
Não sou saudosista, mas será que precisamos voltar a ralar os dedos no tanque para abrir uma brechinha entre nossas orelhas? Mas se não abriu antes, por que raios há de abrir agora? E, então, a fila anda... Não sei pra onde, mas anda.
CRÔNICA TRISTE
Hoje andamos pelo mundo descartando coisas, nada dura muito, nada tem muita importância, é tudo passageiro.
Isto, sem falar naquilo que já foi criado pra usar uma só vez e jogar fora. Tão fácil colocar no lixo a fralda descartável, os pratos, os talheres de plástico, os macios e úteis lenços de papel, enfim... Tudo tão prático e tão ironicamente higiênico.
Ninguém mais precisa ralar os dedos pra branquear os saquinhos de algodão que coavam o café, o velho esfregão, os “paninhos” das mulheres, nem as fraldas dos bebês. Até as lentes de contato, de sessenta em sessenta dias, fazem a última viagem, migram de nossos olhos para o lixo. E, por alguns momentos, breves é claro, não enxergamos o que não queremos ver...
Realmente, hoje, é tudo muito fácil e muito transitório.
Onde estão as velhas latas de lixo que todo o guaipeca adorava virar?
Hoje já nem vira-latas temos, passaram a “rompe-sacos”, mas os cães de rua continuam aí, famintos, rasgando sacos frágeis, práticos e poluentes.
Nunca tivemos tanto lixo na face da Terra, já que tudo é temporário e vence com uma rapidez incrível.
Ontem nem sonhávamos com telefone celular, hoje não podemos viver sem eles e, a maior parte dos usuários, troca de aparelho frequentemente, quando não, de número. A fila anda. E assim vamos perdendo nossa identidade e o brilho dos nossos olhos, neste mundo descartável e cada vez mais sujo.
E esta seria uma crônica apenas suja, mas não triste, se não cometêssemos a imprudência de descartar o insubstituível: os valores, os afetos, as pessoas.
Não sou saudosista, mas será que precisamos voltar a ralar os dedos no tanque para abrir uma brechinha entre nossas orelhas? Mas se não abriu antes, por que raios há de abrir agora? E, então, a fila anda... Não sei pra onde, mas anda.