LITERATO DA CABEÇA AOS PÉS
 
Lendo a biografia de alguns autores brasileiros, com a intenção de conhecer sobre os mesmos de repente dei de cara com um destes que muito me identifiquei. Quando eu li a biografia de José Lins do Rego, escritor paraibano, autor do livro Fogo Morto, e outros mais, quando o mesmo diz que é um literato da cabeça aos pés, e que é uma pessoa boa, ou seja, era, o mesmo já é falecido, mas artista não morre continua para a eternidade.
 
E lendo, o mesmo dizendo que não magoe seus calos porque senão o homem existente nele vira ridículo, foi o ponto que de algum modo coincidiu comigo. Sei que em todo trabalho, ou lugar no qual nos encontramos merecemos ser respeitado e respeitar nossos colegas, mesmo que encontremos aqueles que nos enche por completo o saco, sendo isto uma questão de ética, e por ser desta forma temos que maneirar na dose ao se dirigir a alguém que decerta forma nos tira a paciência. Coisa bem difícil de acontecer, mesmo estando aquela supra preparado. Tendo assim, até qualquer doutorado no seu curriculum. Caso for honesto jamais deixara passar algo despercebido.
 
Então por isto nos vemos extrapolar, nos vemos de repente perdermos as estribeiras por não estarmos acostumados. Todos devem por bem, mostrar sempre ser educado e culto, e ter seu lado paciente, seu lado mais humano, ser bonzinho, tudo como manda o figurino, não ser daqueles que de alguma forma releva todas as barbáries que alguém faça mediante tanta hipocrisia.
 
E tanto que por falar nisto recordei de um parceiro, que por muito nos encontrarmos dias em uma longa travessia, este sempre dizia que nos encontrávamos ilhados dentro de uma banheira de ferro, e nela em cada cara víamos coisas inacreditáveis. Era como se fossemos algumas quimeras, se sonho deste ou não a verdade é que tínhamos que nos unir para juntos singrarmos qualquer mar que viesse a nossa frente.
 
Mesmo estando carentes de tudo e longe das nossas famílias, convivendo no mínimo trezentos e sessenta dias do ano para quando fossemos para casa passarmos apenas trinta,  homens, leigos e de pouquíssima cultura, alguns com algum conhecimento mediante seu trabalho e seus afazeres. Mas, homens solidários uns com os outros e dignos de serem contemplados com medalhas de honra ao mérito.