PAÍS DO FUTURO SEM FUTURO. (ou O ULTIMO A SAIR APAGUE A LUZ!)

Muito se esta falando a respeito da nossa Amazônia!

Nos Estados Unidos da América do Norte há escolas que ensinam geografia como se estivessem ensinando religião ou historia geral da humanidade.

Há pouco tempo atrás começaram a admitir em algumas escolas o ensino da Teoria Evolucionista de Charles Darwin.

Mas lá, eles são ignorantes das coisas de fora de seus país!

Uma das ultimas palestras que ouvi, o palestrante começava discorrendo sobre como nossa colonização iniciou-se com a escória portuguesa, enviada para cá na esperança de que virasse comida de índio, economizando para o erário português as custas de todo um processo judicial, honorários de advogados, juizes, carcereiros, policiais, etc.

“Enche-se um navio com a escória e mandamos para as novas “Terra Brasilis”.”

Ouço constantemente: e se fossemos colonizados pelos anglo-saxões?

Ingleses, alemães, noruegueses, suecos, suíços!

Os povos de primeiro mundo; as economias mais estáveis deste nosso planeta; países onde não existe pobreza; assistência médica a todos sem distinção; auxílio desemprego, educação a disposição de todos que queiram estudar; transportes, estradas, tudo perfeito, funcionando como um verdadeiro relógio suíço fabricado com aço alemão, regado a vinho francês, etc,etc.

Será?

As mais altas taxas de suicídio, atualmente; recorde roubado do resto do mundo. Tolerância ao consumo de drogas e sua legalização de punhado em punhado. O consumo é permitido, o porte é permitido para consumo próprio, mas o tráfico combatido!!

Como combatido se o consumo é tolerado!!??

Mendicância não existe dos autóctones, mas de paquistaneses, turcos, afegãos, indianos, egípcios, angolanos, moçambiquenses, ruandenses, etc, etc, etc.

Mão de obra barata, trabalhando em restaurantes e obras de construção civil: portugueses.

Mas o verdadeiro europeu, hoje, arranja um emprego, trabalha durante um ano, é mandado embora, pois o estado lhe garante o salário enquanto ele estiver desempregado, coloca uma mochila nas costas e vai viajar com esse auxílio, pois a situação está caótica e também lá está difícil arranjar emprego. Se tiver menos de 25 anos melhor ainda, pois pagará meia: meia entrada, meio ingresso, meia passagem em qualquer lugar que queira entrar.

Essas coisas que acontecem lá não ficamos sabendo por aqui.

Jovens em plena luz do dia em qualquer jardim público, debaixo das estátuas de seus heróis nacionais, consumindo drogas e não apenas drogas leves, se é que existe droga leve, mas de droga injetável: à luz do dia!

E na Espanha, Alemanha, Noruega, Holanda, Suíça, em quase todos os paises de uma Europa jovem e decadente moralmente.

Se fossemos colonizados pelos anglos saxões teríamos nas nossas ruas mendigos louros de olhos azuis em todas as esquinas.

Teríamos nosso homem do norte, aquele que foi antes de tudo um forte, um arquétipo totalmente diferente do que temos hoje.

Creio que se pensássemos com um pouco mais de visão abrangente, começaríamos a vislumbrar a coisas como realmente elas foram acontecendo:

Não vai adiantar culpar meus antepassados, sejam eles portugueses, italianos, espanhóis, árabes, alemães, ingleses, holandeses, franceses, porque senão, daqui pra frente tudo que fizer, todas as minhas atitudes, com o beneplácito da moderna psicologia, seja ela freudiana ou jungiana, serão culpa de meus pais, os pais dos meus pais, e assim por diante.

Eu sou fruto da falta de cultura, de educação, de conhecimento dos meus pais.

Eu, pessoalmente, acho isso um Absurdo!!!

Eu sou fruto daquilo que eu quero para mim.! Neste momento histórico!

Se eu me contentar com minha vidinha pacata, então serei um sujeito feliz, aconteça o que acontecer esteja onde estiver, sob o regime governamental que for. Serei feliz. Nunca terei me arriscado ao sucesso ou ao fracasso, por ideais grandiosos, mas estarei naquela parte cinza da vida onde tudo é calmo e tranqüilo. Serei mesmo feliz!

Senão, terei de buscar respostas não na história de minha família ou na família de meus vizinhos; terei de buscá-las estudando e analisando a história não mais sob o prisma dos vencedores, como ela sempre é escrita, mas tentar enxergar o contexto histórico dos fatos e o porque deles acontecerem.

Daqui a muitos poucos anos nós estaremos ouvindo nossos netos aprenderem nas escolas que a Guerra do Golfo e a Guerra do Iraque, tão necessárias quanto uma salada de jiló cru, foram levadas a efeito por causa da derrubada do World Trade Center, em Nova York.

Não levarão em conta que o articulador de tão famigerado ato é proveniente da Arábia Saudita, estudou engenharia nos Estados Unidos, recebeu treinamento pelo principal órgão de espionagem internacional que é a Agencia Central de Inteligência Americana, escolheu uma hora onde o impacto material seria maior que o impacto emocional em função do número de vitimas, escondeu-se no Afeganistão, e contava com apoio do Paquistão, Líbia e quase todos os países muçulmanos, englobando aí todos os povos pertencentes à religião islâmica que lutam contra o Grande Satã.

Vamos ver a continuação de nossa história:

Os jesuítas, por exemplo, mandaram para nós, graças talvez a uma inspiração de nosso mestre Jesus, José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, elementos perniciosos na corte porque não se enquadravam no esquema de comércio montado pelos seus superiores.

“Mande-os para as Novas Terras e quem sabe nos darão um pouco de sossego com suas pregações religiosas e inconseqüentes, não conseguindo pensar em mais nada a não ser pregar a Boa Nova e fazer caridade!” – parece-nos ouvir os superiores da Ordem da Companhia de Jesus.

Homens degredados vieram à força, mas à força da esperança de viver com liberdade uma vida que teria sido desperdiçada em algum calabouço europeu.

Uma vida, talvez, baseada no arrependimento de um ato de momento, e que estava tendo a maior chance de se recuperar e de se refazer não só perante o tribunal dos homens, mas principalmente, perante o tribunal divino.

Mas as coisas começaram a dar certo.

Historicamente vamos vivendo os primeiros anos sem muito entusiasmo.

Somente depois de trinta anos da “descoberta” do Brasil, fato que aqui não nos interessa entrar em detalhes pois já foram motivos de outros trabalhos aqui apresentados, inclusive sobre a Rua dos Brasileiros que existia em Portugal anos antes do “Descobrimento”, somente depois de trinta anos, quando então começou mais uma perseguição em Portugal contra os judeus, expandindo-se por toda península ibérica, percebemos que daí em diante o capital, tão necessário para movimentar a roda do mundo, muda de país e inicia-se no Brasil o chamado ciclo da cana-de-açúcar.

Mas também não é isso que vem ao caso agora.

Se fossemos todos descendentes de usineiros, Alagoas teria o tamanho da amazônia.

A Austrália foi colonizada com degredados, condenados à morte, desterrados, gente pertencentes à escória humana, se nos é possível hoje saber onde está realmente a escória, mas de qualquer forma, perante a lei dos homens da época, era o que havia de pior.

Então porque a Austrália hoje é o que é, com suas exportações de carne batendo a exportação brasileira, com seu nível de vida muito acima do nosso, mesmo sendo um país situado entre os paralelos 10 e 40, sendo que o 20, que o atravessa bem no meio, nada mais é que o nosso trópico de Capricórnio?

Clima por clima, somos quase iguais: não somos mais iguais pois não temos os desertos que eles tem: Grande Deserto Vitória; Deserto Stuart, Deserto de Simpson; Deserto Gibson e o Grande Deserto de Areia, que cobrem quase todo território australiano;

Não temos coelhos como eles têm!

Vamos além:

Se observarmos a colonização americana, do norte, poderemos notar um fato que chama nossa atenção de uma forma clara, nítida:

Todo aquele que for para as terras da Nova Inglaterra, América, fosse aonde fosse, deveria demarcar seu lote, demarcar o seu pedaço de terra, demarcar seu quinhão e dele zelar pois deveria passar para seus descendentes, e de seus descendentes para os descendentes de seus descendentes.

Que bonito!!

Isso significa dizer que mesmo eu tendo sido condenado em minha terra natal, o mesmo governo que me condenou às galés agora me dá a chance de recomeçar a vida, mesmo em uma terra estranha, mas terei a liberdade de poder recomeçar, terei a liberdade da posse do meu quinhão. E de tudo o quanto se encontra debaixo dele: o sub-solo também é meu!

Vou plantar, plantar chá, vou criar ovelhas, criar gado da melhor qualidade, para vender à nossa rainha, minha rainha, que me deu esta chance única na vida: de me regenerar através do trabalho honesto e ainda poder até mesmo receber algum beneficio por isso.

Creio que a muitos e muitos anos atrás, quando tivemos um arroubo de sentimento libertário neste país, quando tivemos um arremedo de levante contra uma coroa que apenas se locupletava de sua colônia, como até então vinha acontecendo, perdemos uma das maiores oportunidades de Independência jamais sonhada por um ser humano!

Fincou-se a bandeira de Portugal em solo brasileiro!

A partir de hoje, quem quiser vir espontaneamente a estas terras terá transporte gratuito, devendo solicitar seu vale-transporte numa repartição da coroa mais próxima de sua casa.

Quem for condenado seja qual for o crime cometido, poderá optar em ir para as colônias ou cumprir sua pena aqui ou ainda, condenados a irem para as colônias sem direito a opção.

Vamos colocar lá nossa escória, aproveitando para mandar também nossos desafetos, nossos contrários, nossos inimigos políticos, vizinhos indesejáveis, maridos ciumentos, etc, etc, etc.

Toda uma gama de seres humanos que, pelo que ouvimos dizer, não terão muitas chances de sobrevivência em meio a índios canibais.

Mas desde aquela época, época de fartura de comida portuguesa, dos bons cozidos, os índios só se alimentavam de portugueses ou de seus próprios inimigos: desde aquela época os estrangeiros eram poupados haja visto o escritor e contista Hans Staden que foi poupado para poder servir de testemunha viva dos atos de canibalismo dos nossos índios.

Voltemos à nossa terra:

Todos que por aqui aportavam eram súditos da coroa real portuguesa; tudo por aqui pertencia à coroa real portuguesa;

A terra pertencia a Portugal, o produto do solo pertencia a Coroa, o sub-solo pertencia ao rei de Portugal, e quando Napoleão resolveu visitar Portugal com suas tropas, até as casas dos que aqui moravam se tornaram propriedades do Reino de Portugal.

Pintava-se nas portas: P.R. – era o suficiente para que seus moradores desocupassem a casa em prol da nobreza que chegava fugindo do Corso Notável.

Essa história de Corso Notável daria para encher mais outro tanto de páginas, denunciando suas arbitrariedades pelo mundo todo conhecido, bastando para tanto citar o incrível museu do Louvre com sua magnífica coleção de obras de arte roubadas do mundo inteiro.

Entronizamos mais uma vez o erro.

Temos também a maior coleção de jóias brasileiras e artefatos com nossas gemas em museus, na Rússia.

Mas voltando às terras brasileiras:

Nunca, vou repetir: NUNCA um português que aqui aportou, seja condenado ou não, nunca um brasileiro, pois começaram a procriar por estas plagas, foi dono de terra, ou teve seu quinhão devidamente reconhecido. Sabemos que a colônia foi dividida em Capitanias e mesmo assim seus arrendatários não queriam assumir.

Desde quando o homem se interessa em ser produtivo em um local que não é seu?

Desde quando o homem deverá buscar o melhor para seu país se o que ele vê é exatamente o oposto do que deveria ser feito: se eu sou arrendatário de uma capitania, se eu for vice-rei, seja o titulo que eu porte, a única coisa que me interessa é encher meus cofres o mais rápido possível, virar as costas para estas terras estranhas e calorentas e nunca mais voltar para este local perdido em meio a tantos matos e matas.

Local onde só tem índios sem almas, negros que trouxemos de nossas colônias africanas, também sem almas, de acordo com os ensinamentos de nossos catequistas jesuítas.

O que é que se há de fazer numa terra destas?

Arrancar de suas entranhas suas gemas preciosas, seus tesouros escondidos e enviar para a Coroa.

Portugal paga sua dívida externa com ouro brasileiro.

O Brasil compra pinico em troca de matéria prima!

Porque o brasileiro até hoje é explorado?

A resposta é simples: TRADIÇÃO!

Somos um povo arraigados nas tradições de nossos antepassados!

Se nossos bisavós eram espoliados, ultrajados, achacados com derramas e outros artifícios de dilapidação orçamentária, nós nos acostumamos a ficar calados e admirar tudo aquilo que vem de fora.

Hoje pagamos impostos e taxas e impostos sobre taxas e ficamos calados!

Hoje iniciamos a exploração de uma fonte de água mineral pensando em vendê-la para uma multinacional!

Hoje iniciamos um negócio visualizando o lucro que vou ter em me associar a uma multinacional majoritária, mas que vai me proporcionar tranqüilidade em minha velhice.

Em 1789 tivemos uma chance como a chance que agora nos aparece, de sermos realmente donos deste país abençoado em que se plantando tudo dá.

Mas se eu achar ouro, cobre, ferro, seja o que for que eu achar e o produto desse achado ainda pertencer à Coroa Brasileira, então não terá adiantado nada o meu trabalho, por mais honesto que seja, por mais profícuo e laborioso, pois se não lutarmos por leis que nos proporcionem o mando não só da terra mas também do sub-solo;

Até água da chuva sou proibido de armazenar e usar!!???

Se não lutarmos por leis que verdadeiramente proporcionem justiça no campo e não apenas através de uma reforma agrária onde estaremos criando uma massa doentia a necessitar do remédio governamental que virá em conta-gotas para que não seja proporcionada a cura completa, como sempre, e também teremos nessa reforma agrária a oportunidade de fazermos caridade a esses assentados, pois continuarão dependendo da boa vontade do governo em sustentá-los até que lhe convenha;

Se não pensarmos como verdadeiros patriotas, brasileiros, com orgulho de nossa bandeira, sabedores de que nossa terra pertencerá a nossos filhos e nossos netos, então...

Se o governo, as lideranças, nós, víssemos nosso país não apenas como fonte de recursos pessoais, mas como uma nação já crescida e acordada para o futuro que nos aguarda, poderíamos fazer grandes coisas e sermos uma nação verdadeiramente livre e perfeita.

Se não, estaremos condenados a repetir a lição que ainda não foi aprendida:

Nossos próprios índios estarão nos comendo e continuarão poupando os estrangeiros para gáudio de todas as outras nações que farão, então, da Amazônia, seu grande parque temático.