Dia dos namorados
DIA DOS NAMORADOS
Comemorar o dia dos namorados é um costume que nasceu nos países anglo-saxões, pois tudo começou com a história de São Valentim, um padre que defendeu o casamento contra as ordens de um tal imperador romano chamado Claudio II. O dito imperador proibia o casamento dos jovens, porque achava os homens solteiros mais prontos e fortes combatentes, para vencer na guerra.
Ele também tinha certeza de que o homem casado teria mais dificuldade de abandonar sua esposa para ir combater.
O inconformismo do padre o prejudicou, levando-o à prisão, mas nos favoreceu e muito, pois foi nessa época, na Idade Média, que o amor romântico floresceu e pegou fogo nos corações das moças e rapazes.
No cárcere, o padre Valentim recebia dos jovens mensagens: cartões, flores, bilhetes para comunicar-lhe que eles acreditavam no amor. Apesar das proibições.
Existe também outra lenda de que o namoro surgiu por causa do perigo dos lobos que rondavam as casas em Roma. Conforme contam, as pessoas preparavam um festival a um esquisito deus chamado lupercus, achando ingenuamente que ele os defendia do perigo desses animais ferozes.
Como as pessoas ficavam confinadas em suas casas, algumas delas praticavam um ritual, colocando os nomes das meninas dentro de um frasco, com o qual era feito um sorteio. O nome da menina que fosse tirado seria o da pessoa que estaria determinada a namorar certo varão durante um bom período de tempo.
No Brasil, a comemoração do dia dos namorados não coincide com a data norte-americana, que é 14 de fevereiro. Aqui a data veio por força do comércio, quando um dono de uma loja de grife, viajou aos United States of América e gostou da idéia de celebrar o dia dos namorados, copiando-a para motivar a venda de produtos, trouxe-a para cá. No capitalismo é assim, tudo vira shopping Center: amor, fé e até perna de mulher...
Diz a Bíblia que, no início, criou Deus o homem e a mulher, assim os criou, e os uniu para que a mulher fosse companheira do homem. Até onde isto ocorre, com ou sem costela dá muito certo, a mulher serve ao marido, recebe todo provimento em casa e tem tempo para cuidar bem dos filhos.
Mas mesmo assim como o homem, bicho machão que é, procura a deriva continental, para se movimentar com outras plataformas tectônicas. Assim o matrimônio ou a coligação conjugal sofre afluxos e refluxos na corrente sanguínea da convivência, provocando rusgas e quantificando em número de vezes o divórcio.
Algumas mulheres trabalham fora e chegam cansadas em casa,se negando ao aconchego, mas alguns maridos também não arredam o pé para sair defronte da televisão para tomar um pingado e dar uma tapinha na vulva. Outros ficam hibernados porque acham único o seu trabalho masculino. E isso se deve, em alguns casos, a já existente frieza de sensações ou desamor.
Moisés relata no livro de Gênesis um belo milagre, o de Sarah e Abraão, onde Jeová mostra a preocupação dele em manter bem o relacionamento do casal, quando realiza a cura da esterilidade dela e concede virilidade ao esposo. Fertilizando-os, o Senhor os preparou para procriar ainda que se encontrassem em fase senil. E presenteou-lhes com o filho primogênito, filho da promessa. O da circuncisão ao oitavo dia.
A Bíblia é um livro perfeito para falar de amor, temos até um livro muitíssimo poético, com seus versos cheios de descobertas da relação amorosa, é o Cantares de Salomão. Cheio de sensores: o nariz, a pele, a visão, a audição. De cara, no capítulo primeiro, versículo dois, encontra-se a citação: “Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o seu amor do que o vinho”. Esta é a voz de Sulamita que declama seu caliente amor ao seu amado Salomão, que a escuta vorazmente.
O negócio é amar, outro dia vi uma reportagem sobre o último casamento de Fábio Junior com a modelo e atriz Mari Alexandre e depois fiquei absorta ao assistir o lindo casamento dos dois num vídeo do Youtub. Estava tudo tão lindo! Por que tinha que acabar?
Mas o amor não acaba não, conheço casais que já trocaram de pares, mas o amor fez um perdoar ao outro e voltar a conviver como se nada tivesse desgastado a união.
Como dizia Camões: ”Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”. (...) É mais fácil para umas e outras mulheres conviverem com um marido abonado, mesmo já tendo sido traídas, do que permanecer pobre e bem querida pro resto da vida.
Ah! Também me lembrei daquela notícia de jornal que o marido reclama a presença, o retorno inadiável da esposa, que o tinha chifrado e fora embora. Pedia o retorno dela porque não agüentava viver sem uns chifrinhos na experiência...
_ Benzinhooooooô!
_ O que é Margarida?
Dá pra suncê fazê um cafunezinho comigo, pois o Antonio viajou, e eu fiquei aqui dando uma de rogada? ... _ Não! Trair é pecado. Vou não.
Oi paixão, feliz dia doze de junho, dia dos namorados, largue essa besteira de trabalho e venha e me ame, vamos causar um vexame.
Cida Maia, madrugada dos 27 de maio de 2011