Portal das Nuvens
Sempre é bom viajar, apenas quando se tem prazer, principalmente em um desses novos aviões de voos domésticos.
Com ótimas e novas companhias aéreas a nossa disposição, devemos nos sentir privilegiados para realizarmos passeios de idas e vindas: a trabalho ou estudos (tanto faz). Tudo isso desperta muito a atenção dos apaixonados e daqueles que possuem um espírito aventureiro, lépido, navegador e sonhador. Sedentos por chegarem aos seus esperados destinos, que por vezes fora planejado há anos.
Na época, enquanto as chuvas intensas castigavam a região sudeste do país, e sobre as viagens que fiz naquele período, não posso deixar de comentar quanto ao frio na barriga que sentia, tanto nas decolagens, quanto dos pousos das aeronaves. Muito confiante e em silêncio, fazia as minhas orações e pedia a Deus conforto e paz.
Numa daquelas aventuras, enquanto aguardava na sala de embarque, observava aviões de passageiros esperando o sinal para alçar voo. Podia-se ver ao final da pista, que eles subiam e penetravam em uma densa nebulosidade. Parecia um portal de filmes de ficção científica, estilo “Star Gate”. Dava até para imaginar que toda a tripulação e os passageiros eram abduzidos por uma força extraterrena.
Enquanto aproximava-se a hora da partida, ainda na sala de espera do aeroporto, algumas pessoas pareciam um pouco tensas; talvez pela inexperiência de voar, enquanto outras, mais experientes e tranquilas, preferiam cochilar em suas poltronas reclináveis.
Chegara a minha vez, rumo ao portal das nuvens. Depois de alguns instantes, lá do alto, nebulosas imensas e de diversos formatos surgiam em formatos de algodão-doce e de diversas outras formas. Dependendo da imaginação, podia-se ver até corações e anjos.
Ganhava-se a altura e a velocidade de cruzeiro. Com isso, adentrávamos em zonas de turbulência. Nada de anormal. Mas como poder ficar totalmente relax, quando tudo estremecia e os avisos luminosos indicavam para que ficássemos com os cintos afivelados e as poltronas na vertical?
Depois, tudo aquilo se tornou maravilhas. Lanches e cafezinhos foram servidos e tudo ficou azul. Aos poucos uma atmosfera desanuviada e límpida surgia na sua imensidão e a região tenebrosa de tráfego, daquele instante, era trocada pelo litoral do nordeste brasileiro. Céu de brigadeiros, com poucas nuvens, e clima lá em baixo, bem agradável, propício ao banho de mar. Já imaginava uma água de coco bem geladinha para deliciar-se e matar a sede. Do alto dava para observar o vasto oceano azul e ao mesmo tempo esverdeado. Muita gente aproveitava para tirar fotos e apreciar os recortes da belíssima paisagem.
O voo e o pouso foram calmos e o calor da Veneza brasileira fez-se presente. Aqueceu o meu coração. A calmaria do aeroporto e o som regional do frevo trouxeram a paz.
Na memória ficaram registradas as lembranças do magnífico portal das nuvens.
Com ótimas e novas companhias aéreas a nossa disposição, devemos nos sentir privilegiados para realizarmos passeios de idas e vindas: a trabalho ou estudos (tanto faz). Tudo isso desperta muito a atenção dos apaixonados e daqueles que possuem um espírito aventureiro, lépido, navegador e sonhador. Sedentos por chegarem aos seus esperados destinos, que por vezes fora planejado há anos.
Na época, enquanto as chuvas intensas castigavam a região sudeste do país, e sobre as viagens que fiz naquele período, não posso deixar de comentar quanto ao frio na barriga que sentia, tanto nas decolagens, quanto dos pousos das aeronaves. Muito confiante e em silêncio, fazia as minhas orações e pedia a Deus conforto e paz.
Numa daquelas aventuras, enquanto aguardava na sala de embarque, observava aviões de passageiros esperando o sinal para alçar voo. Podia-se ver ao final da pista, que eles subiam e penetravam em uma densa nebulosidade. Parecia um portal de filmes de ficção científica, estilo “Star Gate”. Dava até para imaginar que toda a tripulação e os passageiros eram abduzidos por uma força extraterrena.
Enquanto aproximava-se a hora da partida, ainda na sala de espera do aeroporto, algumas pessoas pareciam um pouco tensas; talvez pela inexperiência de voar, enquanto outras, mais experientes e tranquilas, preferiam cochilar em suas poltronas reclináveis.
Chegara a minha vez, rumo ao portal das nuvens. Depois de alguns instantes, lá do alto, nebulosas imensas e de diversos formatos surgiam em formatos de algodão-doce e de diversas outras formas. Dependendo da imaginação, podia-se ver até corações e anjos.
Ganhava-se a altura e a velocidade de cruzeiro. Com isso, adentrávamos em zonas de turbulência. Nada de anormal. Mas como poder ficar totalmente relax, quando tudo estremecia e os avisos luminosos indicavam para que ficássemos com os cintos afivelados e as poltronas na vertical?
Depois, tudo aquilo se tornou maravilhas. Lanches e cafezinhos foram servidos e tudo ficou azul. Aos poucos uma atmosfera desanuviada e límpida surgia na sua imensidão e a região tenebrosa de tráfego, daquele instante, era trocada pelo litoral do nordeste brasileiro. Céu de brigadeiros, com poucas nuvens, e clima lá em baixo, bem agradável, propício ao banho de mar. Já imaginava uma água de coco bem geladinha para deliciar-se e matar a sede. Do alto dava para observar o vasto oceano azul e ao mesmo tempo esverdeado. Muita gente aproveitava para tirar fotos e apreciar os recortes da belíssima paisagem.
O voo e o pouso foram calmos e o calor da Veneza brasileira fez-se presente. Aqueceu o meu coração. A calmaria do aeroporto e o som regional do frevo trouxeram a paz.
Na memória ficaram registradas as lembranças do magnífico portal das nuvens.
(Imagem: acervo do autor - enquanto escrevia)