VOLTEI A CASA NO OCO DO MUNDO...
Voltei a casa no oco do mundo! Pois os seus caminhos foram fáceis de relembrar...
Desta vez nenhum compromisso trouxe-me aqui, exceto a vontade de aqui estar!
Os corações transbordaram alegria, os olhos brilharam intensos, a alegria sentiu-se no ar!
Como é bom estar entre pessoas queridas!
Como é bom estar junto de quem nos quer bem e próximos! Dá quase uma vontade de não voltar...
O carinho com que fomos recebidos, pois, desta vez vim com a esposa a me acompanhar, é um alerta insistente, da lembrança daqueles que deixei lá atrás, antes de viajar!
Estar aqui na casa de Curitiba, fez com que minha mente se fixasse na minha casa lá de São Paulo. Como estariam os meus filhos? Como estaria a minha mãe querida? Como andaria a minha vida, pelas bandas de lá?
Voltar a esta casa no oco do mundo, é voltar ao aconchego de um lar, onde laços de amizade foram criados a mercê de boa vontade... De companheirismo, de tranqüilidade...
Voltar aqui é estar em paz comigo mesmo! Deixando o tempo esvair a seu bel prazer, com certo receio de retê-lo entre os dedos impotentes, com certo receio de deixar ele, livremente escorrer...
Não sei se as pessoas aqui entendem, a importância que estar aqui adquiri em meu ser. De como eu precisava encontrar alguém que me olhasse como a um igual, sem fazer pré julgamentos e coisas que tais...
Não sei se entendem, o valor da amizade aqui conquistada! Amizade que procurou minimizar a distância das estradas para se fortificar!
E espero que o irmão que me dá guarida, junto de sua esposa e filhos, sinta-se assim, igual a mim...
Voltar a esta casa no oco do mundo, é enfim voltar-me para dentro de mim, àquele tempo antigo, onde não haviam erros, destinos traçados, onde enquanto menino, sem pensar em nada, vivia livre e solto como um passarinho, ainda livre de armadilhas, avesso aos perigos da jornada, que se chama vida.
Voltar aqui, me faz lembrar de um tempo, onde eu tinha mãe, junto do pai!
Onde minha avó dava-me de comer as suas guloseimas, suas brevidades, suas bolachas de maisena...
Voltar aqui me traz tranqüilidade!
Atiça saudades antigas, de tempos que não voltam mais!
Só que diferentemente da minha vida em São Paulo, aqui, no oco do mundo, as pessoas que também sofreram perdas, não mataram suas lembranças, não tornaram em ruínas as marcas de seu passado.
Tudo parece que vive em harmonia!
Aqui na casa do oco do mundo, se choro, se sofro, é por absoluta culpa minha... Pois, eu deixo que se extraia de meu ser as minhas mais profundas lembranças...
Volto a ser criança!
Volto a sentir alegria!
E se sinto uma ponta de saudade dos meus, é por valorizar o que me pertence ainda!
Voltar à casa do oco do mundo é voltar ao âmago de meu ser...
E me sinto feliz!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
20/05/2011
Voltei a casa no oco do mundo! Pois os seus caminhos foram fáceis de relembrar...
Desta vez nenhum compromisso trouxe-me aqui, exceto a vontade de aqui estar!
Os corações transbordaram alegria, os olhos brilharam intensos, a alegria sentiu-se no ar!
Como é bom estar entre pessoas queridas!
Como é bom estar junto de quem nos quer bem e próximos! Dá quase uma vontade de não voltar...
O carinho com que fomos recebidos, pois, desta vez vim com a esposa a me acompanhar, é um alerta insistente, da lembrança daqueles que deixei lá atrás, antes de viajar!
Estar aqui na casa de Curitiba, fez com que minha mente se fixasse na minha casa lá de São Paulo. Como estariam os meus filhos? Como estaria a minha mãe querida? Como andaria a minha vida, pelas bandas de lá?
Voltar a esta casa no oco do mundo, é voltar ao aconchego de um lar, onde laços de amizade foram criados a mercê de boa vontade... De companheirismo, de tranqüilidade...
Voltar aqui é estar em paz comigo mesmo! Deixando o tempo esvair a seu bel prazer, com certo receio de retê-lo entre os dedos impotentes, com certo receio de deixar ele, livremente escorrer...
Não sei se as pessoas aqui entendem, a importância que estar aqui adquiri em meu ser. De como eu precisava encontrar alguém que me olhasse como a um igual, sem fazer pré julgamentos e coisas que tais...
Não sei se entendem, o valor da amizade aqui conquistada! Amizade que procurou minimizar a distância das estradas para se fortificar!
E espero que o irmão que me dá guarida, junto de sua esposa e filhos, sinta-se assim, igual a mim...
Voltar a esta casa no oco do mundo, é enfim voltar-me para dentro de mim, àquele tempo antigo, onde não haviam erros, destinos traçados, onde enquanto menino, sem pensar em nada, vivia livre e solto como um passarinho, ainda livre de armadilhas, avesso aos perigos da jornada, que se chama vida.
Voltar aqui, me faz lembrar de um tempo, onde eu tinha mãe, junto do pai!
Onde minha avó dava-me de comer as suas guloseimas, suas brevidades, suas bolachas de maisena...
Voltar aqui me traz tranqüilidade!
Atiça saudades antigas, de tempos que não voltam mais!
Só que diferentemente da minha vida em São Paulo, aqui, no oco do mundo, as pessoas que também sofreram perdas, não mataram suas lembranças, não tornaram em ruínas as marcas de seu passado.
Tudo parece que vive em harmonia!
Aqui na casa do oco do mundo, se choro, se sofro, é por absoluta culpa minha... Pois, eu deixo que se extraia de meu ser as minhas mais profundas lembranças...
Volto a ser criança!
Volto a sentir alegria!
E se sinto uma ponta de saudade dos meus, é por valorizar o que me pertence ainda!
Voltar à casa do oco do mundo é voltar ao âmago de meu ser...
E me sinto feliz!
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
20/05/2011