Simplesmente intolerável
Fantástica a matéria que a revista Veja desta semana publica sobre os professores inimigos do bom português. Niguém deve deixar de ler. E mais do que isso: xerocopiá-la e distribuir cópias entre os brasileiros, do Aiapoque ao Chui.
Transcrevo, com muito prazer, o que, em determinado momento, diz a revista, através das jornalistas Renata Betti e Roberta de Abreu Lima, que dão um show, sobre esses folgados gramáticos.
Vamos lá. Professores de linguística (uma corrente) "defendem a ideia de que não existe certo ou errado na língua portuguesa, mas que a norma culta, ancorada na gramática, é só mais uma entre as várias maneiras de expressar-se.
Para esse grupo, chamar a atenção do aluno que infringe tais regras - papel fundamental de um professor - "é preconceito linguístico."
Esses professores saíram em defesa do livro Por uma vida melhor que, entre outros absurdos, admite, claramente, que "não há problema em construir uma frase ignorando a concordância".
De acordo com o tal livro - que tem o imprimatur do Ministério da Educação (!) - é perfeitamente aceitável dizer "os livro"; e "nós pega o peixe", também.
E ai daquele que se insurgir contra esse erro gramatical: "corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico."
Cadê os amigos da Academia Brasileira de Letras? Todos, sem exceção, já deveriam ter pedido espaço nas rádios e nos jornais para condenar, sem arrodeios, o que se está pretendendo fazer, de mau, com o português do Brasil.
O acadêmico e mestre em linguística Evanildo Bechara deu sua contribuição declarando à Veja o seguinte: - "A ideia de que a língua culta é um instrumento de dominação da elite é um absurdo que não se vê em nenhuma outra nação desenvolvida."
Por que falar e escrever errado? Nada justifica.
Recentemente, um político brasileiro se notabilizou pelo mau uso da língua do seu país. Não lia, não escrevia e nem falava o português corretamente.
Nunca antes na história deste país um político maltratou tanto nossa gramática.
Seus repetidos escorregos linguísticos provocavam o riso amarelo dos seus seguidores, e, ao mesmo tempo, a reprovação daqueles que exigem o respeito que a língua pátria merece.
Eu também condenava. Pois, sou do tempo de políticos que, nos seus pronunciamentos, respeitavam o vernáculo. Assim foram Juscelino, Lacerda, Sarney, Fernando Henrique e um tal de Jânio Quadros, mestre em português.
Ora, companheiros, porque um festejado político nordestino, do alto do seu trono, assassinava a língua mãe - e mesmo assim era aplaudido -, nem por isso os brasileirinhos devem ser levados a seguir-lhe o exemplo.
Fico por aqui. Indignado, sim, mas alimentando a esperança de que, no meu país, a ignorância jamais será oficializada.
Apesar dos defensores do livro Por uma vida melhor que a revista Veja chama de "Os adversários do bom português". Pt, saudações!
Fantástica a matéria que a revista Veja desta semana publica sobre os professores inimigos do bom português. Niguém deve deixar de ler. E mais do que isso: xerocopiá-la e distribuir cópias entre os brasileiros, do Aiapoque ao Chui.
Transcrevo, com muito prazer, o que, em determinado momento, diz a revista, através das jornalistas Renata Betti e Roberta de Abreu Lima, que dão um show, sobre esses folgados gramáticos.
Vamos lá. Professores de linguística (uma corrente) "defendem a ideia de que não existe certo ou errado na língua portuguesa, mas que a norma culta, ancorada na gramática, é só mais uma entre as várias maneiras de expressar-se.
Para esse grupo, chamar a atenção do aluno que infringe tais regras - papel fundamental de um professor - "é preconceito linguístico."
Esses professores saíram em defesa do livro Por uma vida melhor que, entre outros absurdos, admite, claramente, que "não há problema em construir uma frase ignorando a concordância".
De acordo com o tal livro - que tem o imprimatur do Ministério da Educação (!) - é perfeitamente aceitável dizer "os livro"; e "nós pega o peixe", também.
E ai daquele que se insurgir contra esse erro gramatical: "corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico."
Cadê os amigos da Academia Brasileira de Letras? Todos, sem exceção, já deveriam ter pedido espaço nas rádios e nos jornais para condenar, sem arrodeios, o que se está pretendendo fazer, de mau, com o português do Brasil.
O acadêmico e mestre em linguística Evanildo Bechara deu sua contribuição declarando à Veja o seguinte: - "A ideia de que a língua culta é um instrumento de dominação da elite é um absurdo que não se vê em nenhuma outra nação desenvolvida."
Por que falar e escrever errado? Nada justifica.
Recentemente, um político brasileiro se notabilizou pelo mau uso da língua do seu país. Não lia, não escrevia e nem falava o português corretamente.
Nunca antes na história deste país um político maltratou tanto nossa gramática.
Seus repetidos escorregos linguísticos provocavam o riso amarelo dos seus seguidores, e, ao mesmo tempo, a reprovação daqueles que exigem o respeito que a língua pátria merece.
Eu também condenava. Pois, sou do tempo de políticos que, nos seus pronunciamentos, respeitavam o vernáculo. Assim foram Juscelino, Lacerda, Sarney, Fernando Henrique e um tal de Jânio Quadros, mestre em português.
Ora, companheiros, porque um festejado político nordestino, do alto do seu trono, assassinava a língua mãe - e mesmo assim era aplaudido -, nem por isso os brasileirinhos devem ser levados a seguir-lhe o exemplo.
Fico por aqui. Indignado, sim, mas alimentando a esperança de que, no meu país, a ignorância jamais será oficializada.
Apesar dos defensores do livro Por uma vida melhor que a revista Veja chama de "Os adversários do bom português". Pt, saudações!