A GREVE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

O que posso eu dizer agora? Podem minhas palavras falar mais do que os fatos que nos cercam? O que pode ser mais vergonhoso do que perceber, pela primeira vez, o lugar onde você passou toda a sua vida como capa de todos os grandes telejornais, mas não é pra falar do sucesso de algum artista ou muito menos para falar de uma grande obra feita no Rio Grande do Norte, mas sim para retratar o caos que se torna cada dia mais visível.

O que em alguns governos nós chamávamos de falha na administração, não chega nem perto do momento em que estamos inseridos. Mas antes que alguém pense que eu estou defendendo politico “A” ou “B”, eu quero deixar claro que, até agora, nenhum governante desse estado, e até mesmo deste nosso município da cidade do natal, se mostrou totalmente eficiente, mas é bastante claro que existiram as exceções, aqueles que, mesmo não conseguindo fazer tudo que prometeram durante a candidatura e até mesmo durante o mandato, fizeram alguma coisa pelo povo norte- Rio-grandense, isso é fato. Eu poderia citar dois ou três, mas a minha intenção não é essa.

A temática central das discursões que surgem nos dias de hoje, sem sombra de dúvidas sem voltam para a nossa atual gestão municipal e estadual. De um lado, a mulher que iludiu o povo, se fazendo cada vez mais perto de nós, eleitores, com aquela voz feita serena e a demagogia de um politico experiente. Era clara a sua insuficiência de capacidade, quando se falava em politica, e de uma repórter bem reconhecida e até admirada por muita gente, ela passou a tomar lugar na consciência do povo como a pior administração que a cidade de natal já teve. Do outro lado, a mulher que se autodenominava a mãe do povo, a rosa. Foi se erguendo numa imagem bem planejada, expressava fidedignamente que queria ser a matriarca do rio grande do norte, mas a verdade é que há muito tempo que ela já era uma matriarca, mas era do dinheiro público. Mais dinheiro ou menos dinheiro, isso nem fez importância, já que a muito ela já sugava nossos tributos lá pelos lados do senado.

Pobre povo norte- rio-grandense, eu não o culpo de ter posto estas duas mulheres no poder, por que, quem é que não se entrega de vez enquanto a um bom sonho? Mas esse tempo queira você acreditar ou não, já passou. Minha felicidade é que, pelo ou menos agora o povo começa a compreender o que, muito antes de toda essa bagunça administrativa começar, eu já sabia. Eu nunca achei que o governo, por mais corrupto que é, chegasse a esse ponto, mas também sou sincero em dizer que até pouco tempo, eu também não acreditava no poder do povo do meu estado, por que, por mais jovem que eu fosse já conseguia discernir a respeito dessas coisas, e outras pessoas mais velhas, com o poder do voto em suas mãos, não entendiam. Eu percebia que pra eles, a eleição na pratica era um jogo de sorte, mas eu acho que esperar quatro anos no fundo do poço para depois novamente jogar, é muito tempo fora da situação, e por muito tempo também estivemos indiferentes.

Eu agora me junto à causa de tantas pessoas: servidores públicos ou não, homens e mulheres, adolescentes e adultos, sem distinção de raça, credo, cor e escolha sexual. Já se foi o tempo de buscar as diferenças entre você e o próximo; tente uma vez na vida enxergar o que te liga a algumas outras pessoas, e a vida vai parecer menos injusta, tenha certeza. Eu me junto a todos pelo elo da indignação, pelo elo da busca pela justiça. E sabe por quê? Por que eu tenho meus ideais, e não os vendo a nenhum custo. Eu sinto a influência que as minhas escolhas causam nas tantas outras vidas que me cercam. Devemos ser sonhadores? Sim, mas devemos deixar a hipocrisia de lado.

Escrito por: Felipe de O. Ramos

Dia 24/05/11

21h23min

Felipe de Oliveira Ramos
Enviado por Felipe de Oliveira Ramos em 26/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2994743
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