E falam de amor ...
Como já dizia Nelson: "Todo amor é eterno, se não foi eterno, não era amor..." Eu, como um mero idealista-escritor, apoio e vivo este sentimento. O amor marca, o amor vive, o amor é belo; mas ainda há quem não concorde e chegue até a duvidar da força deste sentimento.
Sejam bem vindos a era dos amores banais, era essa na qual as pessoas dizem mais "eu te amo" do que "oi". Sim, o amor ficou banal, atualmente só serve mais para fazer novelas de final feliz. Somos a era da velocidade, da produtividade, da rapidez. Egoístas, mesquinhos e astutos, pensamos somente no prazer. Quem quer amor quando se têm sexo? Com quantos preciso ficar para ser "o bom"? Quanto dinheiro se precisa para se ser feliz? São perguntas que rondam as cabeças vazias de alguns seres da nossa "querida e estimada sociedade".
Façamos o previsto, nada mais, nada menos que isso. Ou seja, o que esperam de nós.
Beberemos até cair, transaremos inúmeras vezes numa noite com inúmeras pessoas que desconhecemos o nome; aumentaremos a produtividade. Nos entupiremos de anabolizantes e esteróides (para homens) e brincaremos de Deus ao pôr silicone nas partes que queremos que não sofra com os efeitos da gravidade (para elas). Nos deitaremos nas mesas de cirurgia e faremos do médico um Da Vince, ao recriar um ser que não existe no real, mais sim no plástico. E mais uma coisa: Nada de se preocupar! Preocupações causam rugas e linhas de expressão no rosto, o que faz o padrão cair.
Daremos viva, mil vivas aliás, às "mulheres" que aparecem na TV de pernas abertas e sorrisos estapafúdios nos rostos, enquanto a única que merecia um aplauso, está na cozinha, preparando a sua marmita para o trabalho amanhã.
O Amor em si, até que não é ruim. Cabe a nós é claro, saber amar e a quem amar.
"A educação sexual devia ser dada por um veterinário. O Homem precisa aprender a amar" (Nelson Rodrigues)
-Acho que por hoje é só...
*Dedicado a memória de Nelson Rodrigues