UM MUNDO QUE ACABOU...

Assistindo a um programa de TV, achei interessante o tema de um livro cujo autor estava sendo entrevistado. O tema central do livro versava sobre coisas que foram desaparecendo com o tempo. Vendedor de enciclopédias de porta em porta, livrinho de catecismo e outro de tabuada, musical na TV, máquina de inseticida (FLIT – era a marca) e muitas outras coisas que deixaram de existir.

Permito-me citar algumas que fizeram parte da minha infância/juventude e que hoje não vejo mais.

Anil – era um cubinho azul, usado para clarear roupas brancas. As mesmas deviam quarar ao sol para que o anil atuasse.

Pente inquebrável Flamengo. Ai do bolso masculino que não contivesse um daqueles pentes. Havia os de casco de tartaruga, também.

Mascates. Eram aqueles vendedores de tecidos, de porta em porta, que financiavam os seus produtos. Geralmente a primeira prestação já lhes cobria o que haviam pago pelos tecidos.

Bolinha de gude. Embora ainda se encontrem em um ou outro local, é muito difícil ver aquelas acirradas disputas em locais de chão batido.

Exército da Salvação. Muito comum em grandes cidades, era aquela gente que ostentava farda, com um ou outro instrumento musical, pedindo doações para preparo de comida para os mais necessitados. Geralmente à noite faziam a distribuição da comida.

Revistas em quadrinhos com grandes heróis. Desapareceram Rocky Lane, Hopalong Cassidy, Zorro e Tonto, O Cavaleiro Negro e muitos outros.

Seriado de aventuras no cinema. Antes de todas as sessões, exibiam-se seriados, o que fazia com que voltássemos na semana seguinte para acompanhar o desenrolar da série.

Fotonovela. Revistas como Capricho e Grande Hotel publicavam em todas as suas edições melosas histórias de amor.

Máquina de escrever. O computador praticamente matou essa importante peça na vida de todo jovem de alguns tempos atrás. Atingir a adolescência significava, certamente, a obrigatoriedade de matricular-se em um “curso de datilografia”, pré-requisito para se conseguir qualquer emprego.

Mata-borrão. Indispensável em qualquer escritório. Absorvia o excesso de tinta deixado no papel após o uso da caneta tinteiro, esta também um artigo hoje muito difícil.

Coador de café feito de pano. Era um saco montado em um aro de arame grosso, com um cabo para manejo. Com o uso, incorporava-se a cor do café ao pano (geralmente flanela branca).

Litro de leite em vidro. Eram, em tempos mais “honestos”, deixados na soleira das portas das casas. E era “leite de vaca, puro” mesmo.

Camisa “Volta ao Mundo”. Uma revolução na moda masculina. Feita de tecido sintético, era um martírio em climas quentes. Mas não amarrotava nunca. No mesmo tempo, havia a calça de tergal ou a de nycron. Não perdiam o vinco.

Alpargatas Roda. Feita de lona e com sola de corda, foi certamente a semente dos tênis de hoje. Ainda é encontrada no sul do país, como parte da indumentária de gaúchos pilchados.

Perfume Lancaster. Extremamente forte, de aroma indiscutível, era muito usado na década de 60.

Soutien com armação. Possuía, na sua parte inferior, uma armação de ferro.

Creme Glostora. Usado para fixação dos cabelos masculinos.

Voltarei, em breve, com outras “novidades”.

PETROCCHI
Enviado por PETROCCHI em 24/05/2011
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