Uma opinião própria, contra o senso comum

Uma opinião própria e não uma cópia.

Bem, por onde começar? Já faz algum tempo que não escrevo, aliás, fazem uns oito meses, não sei ao certo o por que, mas o importante é que aqui estou, frente a válvula de escape da minha mente. Muitas coisas aconteceram, novidades, inovações, mudanças de comportamento, de emprego, de endereço, de rotina.

Não sou mais vendedor de cerâmica, o acordo foi amigável, porém sempre fica um “climinha” entre empregado e empregador, entretanto acredito ter saído na hora certa. Valeu a pena seguir os conselhos do meu anjo e ter esperado até agora, consegui meus direitos e agora procuro exercê-los. É estou desempregado, procuro estágio ao menos nesse meio tempo de seguro 5 meses, não é fácil já que meu Q.I.* nessa cidade e nas outras nunca foi bom(*Quem Indica=Q.I.).

Na sala da faculdade, todas as noites, me deparo com sessenta pessoas, enfurnadas em poucos metros quadrados, ávidos por conhecimento, por companhia, diploma, status social ou ainda por responder a chamada e sair fumar um. Apesar de não poder ler a mente e as ambições de meus “nobres” colegas quase sempre isso fica claro. Não faço parte de uma turma determinada em virtude de transferência da faculdade meus horários são aleatórios, não tendo sala definida, de modo que me relaciono muito bem com todos e nas conversas diárias esses detalhes ficam claros e perceptíveis.

Reconheço ter objetivos diversos de meus “nobres” colegas, não pretendo advogar como os 95% querem, primeiro por que nem meu papai e nem meu vovô são ou foram advogados(claro ignorando as mensuráveis e elogiáveis histórias de quem começou do nada e blábláblá), segundo não tenho uma cartela de clientes a minha espera quando eu me formar, terceiro também não disponho de um escritório “modelo” a minha disposição e por último não sei ser tão “profissional” para advogar com tanta flexibilidade moral como os bem sucedidos e inflados “Super Famosos Advogados”. É preciso fazer uma ressalva, sobre o orgulho de ser filho de agricultores e de ter curtido a infância maravilhosa que me propiciaram, aprendendo o valor das coisas e principalmente o valor das pessoas que cultivam valores.

Como dizia, sinto ser diferente da grande maioria de meus colegas e professores, vejo que “alguns” tem uma visão um tanto “desvirtuada” da faculdade e principalmente do Direito, uns acreditam que irão mudar o mundo, outros apenas querem enriquecer, e tantos apenas “estudam” pra passar em concurso. Não meus amigos a faculdade na minha arrastada visão não serve simploriamente para isso, apesar do marketing muitas vezes abusar dessa publicidade pra vender matrículas, a minha perspectiva é de que a universidade tem o desígnio de transformar as pessoas, precisamos modificarmo-nos, aperfeiçoarmo-nos, aprender não no sentido banal de tipificação, artigo 5º paragrafo 6º, não! Não podemos nos tornar decorados de lei, é indispensável compreender o pensar, aprender a pensar criticamente e não apenas praticar decorebas em aulas “Miojo” como dizia meu ilustre Professor Doutor Vladimir. O raciocínio lógico deve fazer parte de nossos dias, devemos impor nossas ideias a discussões internas, criticá-las invariavelmente até filtrarmos um conclusão, uma opinião própria em não uma opinião cópia, um senso comum.

Lucas Carini

23-05-11

Lucas Carini
Enviado por Lucas Carini em 23/05/2011
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