O (Re)Começo.
A muito admiro um amigo por sua repentina paixão pelas letras. Às vezes o acaso nos obriga a se reinventar e a se adaptar as adversidades que a vida impõe tão cruamente. Mas no seu caso, as adversidades nada mais fizeram do que despertar o amor pelas palavras, um amor puro e recíproco, um amor em que não há perdedores nem ganhadores, há apenas os amantes da flexão verbal (afinal, o que seria das pessoas se as ações não se adaptassem à elas?).
Não sei se você percebeu, leitor, mas quando você está perto de uma pessoa apaixonada, inevitavelmente você fica tentado a se aventurar no universo da luxúria. Você se pergunta: "Será que eu também seria feliz? O que deixa essas pessoas com esse olhar avistando o nada?".
Você é único, mas nesse quesito converge fielmente comigo e com uma parcela da população mundial – aquela que se arrisca a sonhar – que sente uma incansável vontade de se entregar a esse sentimento tão inóspito e incerto.
Não demorei muito, me atirei. Fui de encontro. Desbravei cada linha desse sentimento e a cada parágrafo ideias nasciam e cresciam proporcionalmente a vontade de nunca mais deixar escapar a inspiração.
Pois declaro à você o nome da minha alcoviteira: 'Curiosidade'. Essa menina serelepe que nos convida a dar uma volta e nos esquece na primeira esquina desconhecida, para pedirmos informação à primeira ou segunda pessoa que cruzar o nosso caminho.
Então utilizo desta frase 'batida' para explicar o que aconteceu comigo: "A curiosidade move o mundo". E com ajuda de um amigo, moveu o meu para esse texto, provocando o que há de mais sincero e estreme em uma história de amor: O reencontro de dois antigos apaixonados.