CORAÇÃO ENLUTADO
Noite de domingo, converso com uma amiga e ela me conta que sua cachorra da raça labrador, de tantos e tantos anos, morreu. Esta desolada, repete que não consegue parar de chorar.
Eu pouco falo. Dizer o que? Se também estou triste e saudosa das minhas duas amigas peludas !
A dor da perda é espinho que machuca o coração. Há dias que incomoda mais outros menos. Mas, está ali, pronta a espetar feito uma lança de ponta aguda. E não é preciso nada especial para doer mais forte.
Um miolo de pão que não tem mais endereço certo.
A maça compartilhada e que agora tem que ser saboreada solitariamente.
O caminho do luto é cinzento, orvalhado pelas lágrimas, está sempre frio, tem trechos mais difíceis, fases mais agudas, dias mais sombrios.
É um período da vida onde se perde o itinerário da alegria, esperança, bom humor.
BOM SABER NO ENTANTO QUE ELE PASSA !
E um dia volta-se a sorrir com alegria de dentro pra fora.
Mas, o coração, esse nunca mais será o mesmo, pois o espinho da perda cravado nele, deixa cicatriz e ela ao toque de simples lembrança volta a sangrar!