BULLING: A OUTRA FACE DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA.

O bulling, nada mais é que o mesmo pecado batizado com nome diferente. A violência banalizada nas escolas brasileiras assume proporções inimagináveis o seu ponto máximo com os assassinatos ocorridos em realengo-Rj, em momento algum digo que tal fenômeno fosse previsível, mas, convenhamos, a julgar pelos elevados índices da vilolência crescente da violência no interior dos domínios escolares, era muito provável que tal fenômeno escolar, estrapolasse o controle --- se é que existe algum tipo de política de controle para esse tipo de ocorrência ---, o leitor mais atento, de pronto perceberá a estreita e íntima relação existente entre o bullimg e a violência propriamente dita, isto é: intimidação, constrangimento, apelidos pejorativos, preconceitos, descriminação, chegando até às pequenas agressões físicas. Se considerámos --- como eu considero ---, que violência é toda e qualquer tipo de ação impultada contra o meu semelhante, tendo como resultante todo e qualquer tipo de coação contra os seus interesses e ou vontades, de proto percebemos que o tal bulling é o equivalente a violência, dito isto, tratarei, deste ponto em diante, o bulling como violência; deste modo, a violência na escola encontra a sua razão de ser, a sua razão de prática, amparada e respaldada pelas mesmas práticas da sociedade que a produziu, via de regra, o modêlo social nacional en que vivemos, é invariavelmente violento. A sociedade brasileira, historicamente tolerante com a volência --- violência contra os índios, contra os negros, contra os homosexuais, a violência da ditadura etc ---, nos chega até os dias de hoje como sendo uma sociedade portadora e transmisoras desses ecos, desses traços, e é, essa tolerância com a violência que fez, e faz com que essas práticas históricas de constrangimento invadisse os muros das escolas brasileiras.

Escola no Brasil é sinônimo de descaso, de abandono, de desvalorização, de desrespeito, de distorção da aprendizagem, e não daria prá ser diferente, as escolas púclicas --- enquanto ideação e materialização da ideologia burguesa dominante ---, em tempo algum foi objetos de prioridade, de interesse aos olhos dos nossos governantes, parlamentares. As mais variadas formas de manipulação promovida pela burguesia nacional --- cultural, musical, teatral, radiofônica, literária, elevisiva, etc. Considerando que a maioria dos nossos estudantes da rede pública de ensino são proviniente das classes sociais menos favorecidas, é mais que razoável que esses meninos e meninas convivam direta ou indiretamente com alguma forma com de violência no meio social onde habitam, consequentimente, reproduzir comportamentos violentos ou de preconceito no sei da escola --- para eles ---, soa como procedimento padrão, normal; A violência nas escolas brasileiras tem como fonte inspiradora a sociedade violenta que a contém! É produto direto de um sistema social e econômico desigual, explorador e por isso injusto, é consequencia de um modêlo político representativo onde a má distribuição de renda para a maioria e, os privilégios e regalias são privilégios de poucos, sem esquecer de mensionar o modêlo ESTATAL Brasileiro negligente, omisso e subserviente ao capital internacional.

O capitalismo latino-americano não tem o menor interesse em dirimir tais fenômenos sociais, tão pouco investir somas monetárias em políticas públicas que objetivem minimizar as contradições geradas pelo eterno conflito entre capital e trabalho. Enquanto a nação brasileira estiver submetida, subordinada aos ditames de um capitalismo espoliador, sertvil, dependente e injusto, teremos --- infelizmente ---, de conviver com esses horrores sociais; uma catástrofe social vergonhosa, desumana e massacrante. As mais variadas roupagem da violência, bulling, violência social, violência na escola etc, ainda protagonizaram por muito tempo a cena social brasileira.

DIMAS CASSIMIRO: professor-pesquisador, pedagogo, pós-graduado,

mestrando em educação, escritor, cronista, poeta

e militante do PCdoB-MA

Dimas Cassimiro
Enviado por Dimas Cassimiro em 23/05/2011
Reeditado em 04/10/2011
Código do texto: T2987110
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