Eu nunca sei para onde os meus sonhos estão mirando… Se para o passado, se para o futuro… Eu tenho sonhado mais em estar onde eu já estive um dia e não tive a oportunidade de desfrutar do momento como ele merecia… Acho que eu ando reciclando sonhos em mim. Isso me faz pensar que dificilmente eu irei conseguir alimentar os meus sonhos que caminham para frente, pois são tantos os momentos passados que eu gostaria de dar novas perspectivas, pois é fato que isso interfere diretamente no meu presente e conseqüentemente no meu futuro.
Tem noites onde eu vou dormir botando em xeque todos os meus sonhos, que entram em conflito com sonhos passados e eu nunca sei qual deles priorizar pois os meus sonhos são todos urgentes. Acho que a inconstância tem ajudado a não conseguir se mantê-los seguros em mim… Da segurança a insegurança num piscar de olhos e vice versa e essa é só uma parte dessa complexidade que são os meus sonhos.
Às vezes eu sinto que eles ficarão no meio do caminho, às vezes eles parecem estar planando em uma direção segura, às vezes me pergunto para onde estou indo e se esse caminho me levará para onde eu um dia já quis seguir e se onde eu estou hoje, é onde em algum momento eu sonhei estar. Acho que por mais que planejemos, por mais que sonhemos, no fundo, acabamos nos moldando de acordo com o que o caminho nos oferece e a maioria dos sonhos, não passam disso mesmo, apenas sonhos, que servem apenas para nos impulsionar… o problema é que eu ainda não aprendi a voar.
O problema é que essa inconstância toda parece não me fazer sair do lugar, onde a cada dia em que eu me olho no espelho, pareço ver sempre as mesmas histórias, as mesmas perguntas e os mesmos sonhos que parecem nunca se concretizar, onde não passam de fantasias, mas apesar disso, nada parece capaz de me impedir de acordar toda manhã, tomar um banho quente e me arrumar para ir de encontro a eles sempre tão disposto. Parece que em cada instante eu me enxergo de um ângulo, de uma perspectiva diferente que se molda de acordo com a maneira com que os meus sonhos se mostram possíveis… E eles sempre foram tão grandes e ao mesmo tempo, tão frágeis… É incrível a facilidade que eu tenho de fazê-los florescer e também morrer. São como rosas que eu ainda não aprendi a regar, onde acabo sempre tendo que as ver murchar.
Certos sonhos é melhor não passarem disso mesmo, pois às vezes um toque apenas de realidade já é o suficiente para por tudo a perder e essa sensação de fragilidade é tão desmotivadora e nada pior do que deixar de acreditar em nossos sonhos, pois são eles que nos mantém de pé... Acho que o meu maior medo é acordar sem sonho algum e em meio a isso, eu acabo me apegando mesmo aos sonhos em que de antemão eu já não acredito, só pelo prazer de poder sonhar… Acho ficar adulto me deixou medroso, sabe… eu acho que fui mais seguro na minha infância, eu tive mais fé naqueles tempos onde tudo parecia possível e nada parecia me fazer desistir. Lembro de naquela época, sempre usar uma capa vermelha feita pela minha avó e lembro também na forma como eu acreditava poder voar... Eu era tão pentelho que minha avó sempre tinha que me tirar da laje para que eu não me jogasse por eu acreditar que podia planar, e eu brigava com ela por isso... Ali era a realidade de ser adulto batendo de frente com os sonhos de uma criança. Acho que a parte de ser adulto é saber cultivar os nossos sonhos, é nunca deixar de ser criança, não é mesmo? Sabermos manter nossos sonhos acesos e indestrutíveis apesar de tudo. Sem ap parte de pular da laje, claro (risos). Acho que eu desaprendi a voar e os meus sonhos que deveriam me tirar os pés do chão, cada vez mais me mantém presos a ele.
(Felipe Milianos)
Imagem Goocle/Tumblr
(Loucuras de Mili) - Sujeito a mudanças, pois feito sem edição!
Tem noites onde eu vou dormir botando em xeque todos os meus sonhos, que entram em conflito com sonhos passados e eu nunca sei qual deles priorizar pois os meus sonhos são todos urgentes. Acho que a inconstância tem ajudado a não conseguir se mantê-los seguros em mim… Da segurança a insegurança num piscar de olhos e vice versa e essa é só uma parte dessa complexidade que são os meus sonhos.
Às vezes eu sinto que eles ficarão no meio do caminho, às vezes eles parecem estar planando em uma direção segura, às vezes me pergunto para onde estou indo e se esse caminho me levará para onde eu um dia já quis seguir e se onde eu estou hoje, é onde em algum momento eu sonhei estar. Acho que por mais que planejemos, por mais que sonhemos, no fundo, acabamos nos moldando de acordo com o que o caminho nos oferece e a maioria dos sonhos, não passam disso mesmo, apenas sonhos, que servem apenas para nos impulsionar… o problema é que eu ainda não aprendi a voar.
O problema é que essa inconstância toda parece não me fazer sair do lugar, onde a cada dia em que eu me olho no espelho, pareço ver sempre as mesmas histórias, as mesmas perguntas e os mesmos sonhos que parecem nunca se concretizar, onde não passam de fantasias, mas apesar disso, nada parece capaz de me impedir de acordar toda manhã, tomar um banho quente e me arrumar para ir de encontro a eles sempre tão disposto. Parece que em cada instante eu me enxergo de um ângulo, de uma perspectiva diferente que se molda de acordo com a maneira com que os meus sonhos se mostram possíveis… E eles sempre foram tão grandes e ao mesmo tempo, tão frágeis… É incrível a facilidade que eu tenho de fazê-los florescer e também morrer. São como rosas que eu ainda não aprendi a regar, onde acabo sempre tendo que as ver murchar.
Certos sonhos é melhor não passarem disso mesmo, pois às vezes um toque apenas de realidade já é o suficiente para por tudo a perder e essa sensação de fragilidade é tão desmotivadora e nada pior do que deixar de acreditar em nossos sonhos, pois são eles que nos mantém de pé... Acho que o meu maior medo é acordar sem sonho algum e em meio a isso, eu acabo me apegando mesmo aos sonhos em que de antemão eu já não acredito, só pelo prazer de poder sonhar… Acho ficar adulto me deixou medroso, sabe… eu acho que fui mais seguro na minha infância, eu tive mais fé naqueles tempos onde tudo parecia possível e nada parecia me fazer desistir. Lembro de naquela época, sempre usar uma capa vermelha feita pela minha avó e lembro também na forma como eu acreditava poder voar... Eu era tão pentelho que minha avó sempre tinha que me tirar da laje para que eu não me jogasse por eu acreditar que podia planar, e eu brigava com ela por isso... Ali era a realidade de ser adulto batendo de frente com os sonhos de uma criança. Acho que a parte de ser adulto é saber cultivar os nossos sonhos, é nunca deixar de ser criança, não é mesmo? Sabermos manter nossos sonhos acesos e indestrutíveis apesar de tudo. Sem ap parte de pular da laje, claro (risos). Acho que eu desaprendi a voar e os meus sonhos que deveriam me tirar os pés do chão, cada vez mais me mantém presos a ele.
(Felipe Milianos)
Imagem Goocle/Tumblr
(Loucuras de Mili) - Sujeito a mudanças, pois feito sem edição!