Lelé

Talvez a primeira partida disputada por Lelé tenha sido em 4 de dezembro de 1938; Fluminense F.C. 3 x 2 Madureira A. C. Lelé formou, neste jogo, na equipe do Madureira A. C., que era na época um osso duro de roer para os grandes clubes do Rio de Janeiro.

Nessa partida o Madureira A. C. jogou com Alfredo, Norival e Tuíca; Otacílio, Paulista e Alcídes; Adilson, Lelé, Oseas, Jair da Rosa Pinto e Baleiro.

Em 1939, no Madureira, Lelé jogava com Alfredo, Norival e Cachimbo; Gringo, Paulista e Alcides; Adilson, Lelé, Baleiro, Jair da Rosa Pinto e Armandinho.

No ano de 1940, Lelé, ainda no Madureira, o simpático tricolor suburbano da Rua Conselheiro Galvão, atuou na equipe formada por: Alfredo, Tuíca e Ápio; Otacílio, Januário e Gringo; Jorginho, Lelé, Isaias, Jair da Rosa Pinto e Raul.

Em 1941 a equipe base do Madureira era: Alfredo, Toninho e Ápio; Otacílio, Camisa e Esteves; Jorginho, Lelé, Isaias, Jair da Rosa Pinto e Oseas.

Já em 1942, o Madureira formava com Pintado, Jaú e Rubens; Otácilio, Odilom e Esteves; Jorginho, Lelé, Isaias, Jair da Rosa Pinto e Murilo.

Em 1943, Lelé foi para o C. R. Vasco da Gama, juntamente com Isaias e Jair da Rosa Pinto. O Vasco formava com: Roberto, Haroldo e Sampaio; Figliola, Zarzur e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaias, Ademir de Menezes e Chico.

Em 1944, o Vasco formou com Barqueta, Rubens e Rafaneli; Alfredo, Berascochea e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaias, Ademir de Menezes e Chico.

O Vasco da Gama, em 1945, apresentava como equipe base: Barqueta, Sampaio e Rafaneli; Berascochea, Eli e Argemiro; Djalma, Lelé, Ademir de Menezes, Jair da Rosa Pinto e Chico.

Lelé atuou ainda nos anos de 1946 e 1947 no C. R. Vasco da Gama. A equipe base de 1946 era esta: Barbosa, Augusto e Sampaio; Eli, Danilo e Argemiro; Santo Cristo, Lelé, Dimas, Jair da Rosa Pinto e Chico. E a equipe de 1947 era assim: Barbosa, Augusto e Rafaneli; Eli, Danilo e Jorge; Friaça, Lelé, Dimas, Maneca e Chico. Nesses anos de 1946 e 1947, o Vasco era praticamente a Seleção Brasileira de 1950 (Barbosa, Augusto, Eli, Danilo Alvim, Jair da Rosa Pinto, Friaça, Maneca, e Chico).

Em 1948, Lelé veio para o São Paulo F. C. que formava com Gijo, Savério e Renganeschi; Bauer, Rui e Noronha; Santo Cristo, Lelé, Neca, Remo e Teixeirinha. Em 1949 o tricolor paulista formava com Mário, Savério e Mauro; Bauer, Rui e Noronha; Friaça, Lelé, Leônidsa da Silva, Remo e Teixeirinha.

Em 1950, Lelé veio para a A. A. Ponte Preta de Campinas. Sua estreia aconteceu em 16 de abril de 1950, em amistoso contra o Rio Branco de Itapira, em Itapira. Placar da partida: Ponte Preta 4 x 3 Rio Branco. A Alvinegra campineira formou com Tourinho (depois Fia), Bruninho e Maioral; Nego I, Pitico e Rodrigues; Garrido, Sabará, Servilho, Lelé e Oliveira.

Em 1951, Lelé ainda atuou na Ponte Preta. No famoso jogo das cinco coroas, contra o Palmeiras, recém-campeão da Taça Rio de 1951 (um mundial de clubes extraoficial, até hoje dependente de reconhecimento da FIFA, mas que reuniu a nata do futebol mundial da época, e teve na final o Palmeiras vencendo o Juventus de Turim) a Ponte venceu por 3 x 1 e atuou com Ciasca, Bruninho e Salvador; Manoelito, Raul Dias e Inglês; Isabelino, Lelé, Isaldo, Moacir e Rovério. O Palmeiras formou com Fábio, Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de León, Liminha, Jair da Rosa Pinto e Rodrigues.

Em 1952, Lelé jogou ainda várias partidas pela veterana de Campinas e com a dispensa do treinador Armando Del Débio, Lelé comandou a equipe da Ponte Preta até a chegada de Felix Magno.

Ponte com Lelé, em 1952, equipe base: Ciasca, Bruninho e Stalingrado; Manoelito, Raul Dias e Inglês; Isabelino, Lanzoninho, Atis, Lelé e Sabará.

Lelé atuou por Vasco da Gama e São Paulo, ao lado de Santo Cristo. Curiosamente, quando Lelé veio para a Ponte Preta, Santo Cristo veio para o Guarani.

Depois de 1953, não encontramos mais relatos da brilhante passagem de Lelé pelo futebol. Seu verdadeiro nome era Manuel Pessanha. Nasceu em 1918 e faleceu em 2003 em Campinas. No auge de sua careira, no Vasco, Lelé foi citado numa marchinha de carnaval, de Wilson Batista e Augusto Garcez, chamada “No Boteco do José”:

Vamos lá

Que hoje é de graça

No boteco do José

Entra homem, entra menino

Entra velho, entra mulher

É só dizer que é vascaíno

Que é amigo do Lelé

Solta foguete até de madrugada

Canta-se o fado bebendo a champanhada

Segunda-feira só abre por insistência

Quando o Vasco é campeão

Seu José vai à falência!”

Laércio
Enviado por Laércio em 21/05/2011
Reeditado em 22/05/2011
Código do texto: T2984747