A MENINA DA BONECA DE PANO
A menina da boneca de pano
Quando a tarde já levava o dia,Ainda tinha muita gente nas calçadas.
Eu também estava lá,minha cidade toda enfeitada,um corre corre
danado as lojas todas lotadas era véspera de natal.
Assisti um causo muito triste que cortou meu coração de ver uma
menina de olhinhos comprido na vitrine do balcão,tinha em seu rostinho as marcas da poeira do estradão,e em teu vestidinho de chita carregava
Os remendos da pobreza do sertão,.
E naquela loja sonhava com a boneca de pano sua grande paixão;
E sem ter o dinheiro suas lágrimas rolavam ao chão...
Comprei e dei a ela com grande satisfação que saiu feliz abraçadinha
Com o teu sonho de menina nas mãos...
Mas no caminho de volta para sua casa o destino traiçoeiro sangrou o
sertão um urutu de veneno mortal picou a pobre menina que morreu apertando a bonequinha ao seu coração.
Ainda hoje quem passa por aquele estradão parece ter a impressão
de ver a menina com um pedaço de pau nas mãos protegendo sua bonequinha de pano daquele urutu sem coração.