Preguiça do motorista

Hoje me proponho a escrever sobre um tema que não é muito visto nos meios de comunicação e que tem me intrigado nos últimos dias, já que passei a frequentar a BR-116, porém sem ser isto um privilégio desta rodovia federal, já que ocorre muito também nas cidades ao entorno da capital gaúcha. Estou falando do trânsito, especificamente do “pisca”, da “seta” ou como queiram chamar este dispositivo que serve para indicar uma ação futura a ser tomada pelo condutor de um veículo ou uma condição da atenção àqueles que venham a avistá-la.

Pois então, como dito acima, cada vez mais eu noto que os condutores não utilizam o pisca em suas manobras ou o fazem minimamente, quando é inevitável a sua utilização.

Vou utilizar dois exemplos que podem ser vistos facilmente, caso vocês venham a trafegar em locais similares. O primeiro deles é na cidade: o percentual de motorista que indicam a sua intenção de dobrar à esquerda ou à direita é muito menor daquele que não o faz. É algo normal já fazer uma curva sem se preocupar com o veículo de trás ou, menos ainda, com o pedestre. A segunda delas é na rodovia: não há motorista que indique a mudança de faixa, no mesmo sentido do fluxo. Simplesmente, o condutor entra à esquerda sem a mínima preocupação com os outros veículos que vêm em seguida, ainda que seja eles maiores ou estejam em maior velocidade. “O negócio é chegar antes”, já pensa o esperto motorista que se arrisca por um segundo a menos no seu percurso.

O que me assusta são os índices de acidente de trânsito registrados no país, ocasionando mais mortes que muitas guerras do oriente médio. Não há Páscoa, Carnaval ou qualquer outro feriadão que não seja vinculado ao alto índice de mortes no trânsito e seja feito uma estatística entre períodos.

É preguiça. Não há outra explicação. É um sistema tão básico e fácil de usar, que só pode ser considerado como preguiça do motorista que não utiliza este dispositivo.

Então, ainda que a utilização do pisca seja algo menos impactante, considerando o limite de velocidade, acredito que são válidas todas as formas de educar os motoristas para tentar reduzir o número de acidentes em nossas estradas.

Temos que ter mais educação no trânsito, isto nos mantém vivos e prontos para a próxima viagem.

Leonardo Valente
Enviado por Leonardo Valente em 20/05/2011
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