MINI-CRÔNICA – Fazendo as contas

 

Mini-crônica – Fazendo as contas – 18.05.2011

 

O meu caseiro, um homem de bem, me falou uma coisa certa: “Burro não aprende, não sendo sabido, mas ensina aos bestas essa conta da multiplicação dos pães de Palocci por vinte em apenas quatro anos” Eu, por exemplo, que trabalhei numa estatal mais de 30 anos, o que consegui amealhar não corresponde nem a duas vezes. Quando eu me aposentei o dinheiro que me pagaram dava pra comprar cinco gols, mas esse dinheiro agora aplicado, só compra dois. Fui na onda do governo: Poupança.

 

Quanto desgosto eu guardo na minha vida, pois se conhecesse o Palocci eu teria confiado nas empresas dele e aí eu estaria quase rico, desde que me filiasse ao PT, Partido das Trambicagens. O engraçado de tudo é que firmas que apoiaram o ministro à candidatura de deputado federal também o fizeram na campanha da Dilma para presidente... E quem está doido de não colaborar!

 

Pois essa é a razão para o Planalto blindar as contas desse ministro diferente, que não usa a forma democrática de fazer política, utilizando-se do prestígio de seus pares pra angariar fundos, e isso para mim é uma vergonha, competindo à oposição, de logo, pedir o “impeachment” da presidente, não presidenta como ela quer exigir. Ora, se meu apoiador recebeu dinheiro escuso e eu também, da mesma origem, claro que eu deveria ser defenestrado do poder.

 

Urge uma CPI para investigar tudo isso, mas com a pressa possível, pois em matéria de computador o disco rígido do PC admite apagar fatos antigos e entrar com coisas novas, favoráveis aos fraudadores da lei. Não estou aqui confirmando nada contra esse ministro diferente, mas apenas me utilizando de minha condição de brasileiro (que tem vergonha de sê-lo) e do compromisso que firmei de tentar falar à vontade, pois nada devo ao PT e a seus subalternos.

          É por essas e outras razões que tenho vergonha de ser brasileiro, e se quiserem me mandar embora daqui eu não faço questão, mas me deixem escolher o lugar de minha preferência. Enquanto eles pedem que apliquemos na poupaça eles o fazem na "roubança".

     

Sou um pobre miserável por opção.

 

Ansilgus.

 

Em revisão.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 20/05/2011
Reeditado em 20/05/2011
Código do texto: T2982450
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