O Poder da Consciência

Diante do descalabro da corrupção que impera em nosso país, fruto da desonestidade do homem, é louvável ver alguém demonstrar que sabe ouvir a voz de sua consciência, não fazendo para os outros aquilo que não faria para si mesmo. Independentemente de estar sendo observado ou não, obedece rigorosamente aos seus princípios morais e éticos ou, no sentido religioso, diz: “Deus está vendo”. Segue, então, a doutrina “amai ao próximo como a si mesmo”.

Uma humilde mulher, vendedora de pão no sistema “porta a porta”, quando enchia o seu carrinho de entrega, vê cair um pão na calçada, onde não havia ninguém a observá-la. Se fosse desonesta, apanharia o pão e recolocaria no carrinho, sob o pretexto de que “ninguém viu”. Mas a sua consciência falou mais alto e ela não repôs aquele pão, dando-lhe o devido destino: o lixo. Senti-me confortado com aquela atitude, numa manhã em que acabava de ouvir no noticiário nacional exemplos de desonestidade de pessoas abastadas, cujos patrimônios cresceram de forma ilícita e estratosférica.

O patrimônio daquela mulher é muito mais valioso. É constituído de caráter e honradez, a maior riqueza amealhada pelo ser humano. Tem o primor e o poder de sua consciência.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 20/05/2011
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