SUBIU DEMAIS? O TOMBO É FEIO... (OU, A HISTÓRIA SE REPETE)
A vida é um ciclo. Como se diz popularmente "Um dia é da caça, outro é do caçador". Sabemos que a História se repete. E a História tem provado que os grandes impérios, tal qual as árvores, crescem, se desenvolvem, dominam espaços com sua sombra e fenecem. Assim foi com o Egito, com a Pérsia, com Roma na Antiguidade. Assim foi com Portugal, Holanda, Espanha e Inglaterra na Idade Moderna. Mais tarde, a Alemanha tentou, mas as loucuras de Hitler o fizeram persona não grata e a Segunda Grande Guerra acabou rapidamente com um "reinado" que poderia ser desastroso para o mundo.
A contemporaneidade tem assistido, há décadas, o predomínio dos Estados Unidos que, após a derrocada do socialismo soviético, assumiu o cetro e a coroa da hegemonia político-econômica do mundo. Onde houver possibilidades de ganhos, lá estão os EUA. Petróleo, comércio, multinacionais... E, a exemplo dos grandes Impérios da Antiguidade, os norte-americanos também maquiam suas intenções. Com o velho refrão de "derrubar ditadores", "libertar oprimidos", levar a "democracia" a todos os cantões desse mundão, escondem a ganância explorativa do domínio geo-econômico. Alguém já viu o governo norte-americano se preocupar, atualmente, com o Uruguai ou o Paraguai? Seus tentáculos só se estendem no Brasil, visando a Amazônia e o crescente domínio do nosso País na América Latina. A "bondade" norte-americana faz morada, há décadas, no Oriente Médio, mancomunado com Israel (aqui vale lembrar que os judeus têm um papel importantíssimo na economia norte-americana...). Estende sua rede "salvadora" sobre países árabes, como o Irã, o Afeganistão, o Iraque, ricos em petróleo (os EUA são os maiores importadores de petróleo do mundo!).
Assim como a Inglaterra acabou com o Paraguai, auxiliada pelo trio Brasil-Argentina-Uruguai, destruindo o único País latino-americano auto-suficiente no século XIX, os EUA, hoje, matam, destróem países que são detentores das maiores jazidas de petróleo do mundo. Para terem a exclusividade de um comércio unilateral do precioso líquido que move o mundo.
"Um dia do caçador, outro da caça" (invertendo). Os norte-americanos já estão colhendo os frutos de sua ganância desenfreada e a História vai provar, mais uma vez, que o mundo dá voltas... Os EUA são o País mais hostilizado atualmente e os seguidos ataques terroristas são uma resposta a sua constante intervenção armada. Vão aprender, à duras penas, que não se conquistam mercados à força e que o respeito à soberania dos outros povos é fundamental nas relações internacionais.
Quem viver, verá!
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OBS: Coloco aqui o comentário de uma pessoa esclarecida, viajada e com conhecimento mais que suficiente para dar uma opinião abalisada. Uma prova concreta do sentimento que os norte-americanos nutrem pelos outros povos:
Esther Ribeiro Gomes
Excelente texto, professora! Onde assino? Você disse bem, os EUA pregam tanto a 'liberdade', idolatrando sua famosa 'Estátua da Liberdade', mas, na prática, não é bem assim que a banda toca... Eles querem mais e mais poder e riquezas e, para eles, os fins justificam os meios, agindo sem escrúpulos como, por ex., ao invadir países árabes com a desculpa esfarrapada de proteger seus cidadãos... Pude constatar a falsidade dos propósitos americanos e a hipocrisia deles, quando estive no Consulado Americano em São Paulo, para tentar pegar visto p/ minha filha. Fiquei indignada, eles nos tratam muito mal em nosso próprio país! As funcionárias do Consulado Americano são muito grossas, estúpidas mesmo, faziam a gente esperar um tempão em um galpão, todos em pé, sem cadeiras pra sentar e essas mulheres grandalhonas nos chamavam aos gritos, parecendo alemãs nazistas! Expliquei que minha filha é especial, mas não me deixaram entrar com ela p/ a entrevista. Ela entrou sozinha, com os documentos exigidos em uma sacolinha e depois de um tempo que me pareceu interminável, ela saiu chorando, dizendo que a tal funcionária estúpida tinha gritado com ela! Foi horrível, saí indignada, me perguntando onde estavam a tal 'diplomacia americana' tão apregoada e o discurso sobre país da liberdade e dos direitos humanos?! Todo mundo que estava naquele consulado saía revoltado com tanto desrespeito! Desculpe o desabafo, amiga! Beijo grandão, Esther.