TELÔMEROS GRANDES - VIDA LONGA

A cientista espanhola Maria Blasco, do Centro Espanhol de Pesquisas do Câncer, e da empresa “Life Lenght” (duração da vida), descobriu e desenvolveu um teste que poderá revolucionar não só o meio científico, como também as relações entre companhias de seguros (de vida e de saúde) e os seus segurados, principalmente os futuros segurados.

O teste mede o tamanho da parte final dos telômeros, que são estruturas localizadas nas pontas dos cromossomos, e são responsáveis pela replicação das células no decorrer da vida de um ser.

O estudo da Dra. Maria Blasco teve como base a relação entre o tamanho dos telômeros e a longevidade do ser humano.

O que ela conseguiu provar até agora foi que as pessoas que têm essa estrutura menor, vivem menos e têm maior possibilidade de desenvolver problemas de saúde tais como as cardiopatias, o Mal de Alzheimer e o câncer.

A pesquisadora afirma que ainda não está provado que pessoas que possuem telômeros grandes vivam mais. Elas apenas teriam menos chance de desenvolver doenças graves.

Vários estudiosos defendem a tese de que quanto maior o telômero, maior a longevidade.

O teste deverá estar no mercado do Reino Unido (primeiro interessado em produzir em escala industrial) até meados de 2012, ao preço de aproximadamente 435 Libras, o equivalente a R$ 1.150,00 (mil cento e cinqüenta Reais).

Estima-se que entre cinco e dez anos o teste fará parte da rotina de milhões pessoas em todo o mundo.

Como tudo que se relaciona com a vida, a saúde, e o dinheiro, gera discussões e polêmicas, com este teste revolucionário não foi diferente, e o que se discute é se as empresas de seguro, tanto de vida quanto de saúde, poderão exigir dos segurados o teste do telômero, para então, estipularem o valor do prêmio ou da mensalidade.

Inúmeras são as situações que podemos imaginar em relação ao uso do teste: noivos que poderão até desistir do casamento ao saberem que o parceiro não viverá por muito tempo; pessoas que viverão intensamente, pois, segundo o teste, não terão vida longa; pessoas que sabendo do resultado objetivarão suas vidas no sentido de proporcionarem aos filhos e cônjuges uma situação mais cômoda quando da sua morte.

O fato é que o teste é uma realidade! Como a sociedade o utilizará, só o tempo vai dizer.

Em minha opinião o fato de uma pessoa saber que tem um telômero maior ou menor, servirá para que ela esteja alerta, e oriente a sua vida de uma forma mais racional.

Eu comparo esta situação à de uma pessoa que tem muito dinheiro em sua conta bancária; se ela começar a gastar desordenadamente, a sua conta ficará sem crédito. Já aquele que tem pouco dinheiro e vive de um salário pequeno, mas não gasta de forma tresloucada, e até poupa um pouco fazendo uma reserva, poderá viver por mais tempo, limitado àquele salário curto, mas com um acréscimo no final. Tudo é uma questão de equilíbrio.

Portanto, independentemente do tamanho de nossos telômeros, devemos viver uma vida saudável, regrada, equilibrada, alegre e feliz, para que quando acabarem nossos créditos, ela tenha valido a pena ter sido vivida!

*Algumas das informações dessa crônica foram colhidas nos sites g1.globo.com, e, revelia.com.br.