A OMISSÃO NUNCA FEZ PARTE...
Fiquei pensando sobre a minha vida, e enquanto contemplava o mar , ouvia o som inconfundível dele, a bater compassado com suas ondas, nas areias da praia, a poucos metros da varanda de nossa casa. Surpreendentemente houve um sublime momento de prostração. Era tudo o que minha alma necessitava, para voltar no tempo e... devanear. Não sei qual foi o lapso temporal em que meu corpo material ficou ali estático; quase inerte, pois nesses instantes etéreos, o tempo, não é dimensionado; ao corpo pode só representar um minuto. À alma é certamente: uma eternidade. Ah! Se eu tivesse podido filmar com uma pequena câmera mágica o revoar de minha alma , ganharia um Oscar, o de melhor roteiro e cujo titulo do filme seria : Alma Inquiridora.
O rolo de imagens ao se abrir, proporcionaria que: cena por cena fossem sendo revisadas, e em cada uma haveria inúmeros erros. Pouquíssimos eram os acertos, muito poucos mesmo, quase insignificantes. Porém, foi feita uma belíssima descoberta por minha alma : Não houve em minha vida, até o presente momento, nenhuma omissão que fosse digna de nota, e isso trouxe-a de volta ao cativeiro físico.
A partir desse instante, recobrei a consciência terrena e voltei a ver as imagens do mar e a ouvir o som de suas ondas. Foi essa experiência extra-corpo, que deu-me a oportunidade de saber que: Sou um bom aprendiz, nas lições que a vida proporciona, e tenho agora- graças aos arroubos de minha alma- a convicção que o maior pecado que um espírito; mesmo que aprendiz, pode cometer é o da “omissão”.E esse, eu, um espírito simples e imperfeito,não carrego no currículo de vida. Omissão, nunca fez parte dos meus planos e as maiores lições sempre vinham com o exemplo de terceiros.
Por esse motivo é que resolvi escrever esta “crônica conceitual”, sobre o que é verdadeiro e significativo como pecado. Visto que no mundo em que vivemos, há diferenças de costumes civilizatórios entre as varias raças, povos e credos. E, se tem alguém em quem acredito, além da Divindade Suprema, esse alguém é... minha própria alma!!!