Um Time Voluntarioso.
A equipe do Santos Futebol Clube de hoje é um time que tem amparo e admiração de muitos torcedores. Essa reverência ultrapassa o seu próprio quadro de seguidores. Muitos – santistas ou não – vibraram com a conquista do título Paulista neste último domingo.
Esse time imprime aquela máxima de que o povo precisa de ídolos. No futebol só será considerado como tal, aqueles jogadores que conseguem sair da média Nacional, já que essa modalidade esportiva, aqui no Brasil, passa por uma entre safra que exige renovação, entretanto, não visualizamos em curto prazo um time de craques para o futuro, pois, são poucos, já que só podemos enxergar no atual cenário, o limite de três nomes: Neimar, Ganzo (ambos do Santos) e Lucas (do São Paulo). São jogadores que podem ser chamados de craques, por reservarem na particularidade de sua arte, algo especial que agrada a ‘gregos e troianos’.
Não vejo, nos possíveis astros que estão no exterior, à exceção de Robinho, outros nomes que podemos reverenciar com esse adjetivo. É bem verdade que temos Nilmar e Pato que podem expressar a possibilidade de gols numa futura seleção, mas, entendo que são jogadores que dependem (e muito), daqueles que constroem o caminho para se chegar ao gol. Assim, penso que nossa deficiência atual paira sobre o ‘coração’ de um time, ou melhor, no meio campo. Tanto é assim que os jogadores que atualmente se destacam em nosso Brasil nessa posição são, na maioria, estrangeiros.
Diante dessa expectativa é que o glorioso futebol praiano tem sido visto com muita simpatia pelas diversas camadas de torcedores, visto que é, talvez, o único time que pode exibir essas virtudes, através de jogadas raras, que são incomuns nesse futebol tático e ‘troncudo’ que se instalou em face da escassez que se anuncia nessa modalidade esportiva, após aposentadoria de craques como: Pelé, Zico, Falcão, Sócrates, Romário, Bebeto, Ronaldo e muitos outros que engrossariam essa lista.
O brasileiro já não vê mais o ‘futebol arte’ que se destacou em Copas do Mundo e em competições Internacionais no passado. Essa a razão para que o torcedor escolha um time como o do Santos para aplaudir, muito embora, o orgulho de torcedor seja mais forte, para que muitos se sintam constrangidos em admitir que admiram o alvinegro da Vila Belmiro. Entretanto, ficou às escancaras nessa partida de domingo que, aquele torcedor que não era corintiano, mostrava sua simpatia para a equipe praiana.
Eu, como santista, confesso que tive medo e, ainda tenho, quanto à participação do Santos na Taça Libertadores. Não porque nosso time não tenha elenco para se sobressair sobre a correria e o preparo físico de times da Argentina, da Colômbia, do Equador, do México etc. O que assusta é o calendário. Os jogadores, por mais que sejam craques e habilidosos, não são máquinas e, tantos compromissos, tão próximos, podem debilitá-los fisicamente. Exemplo disso são as contusões que tem acontecido na equipe santista. Quarta-Feira próxima, depois da ressaca de um título, a equipe deve estar em campo novamente, para enfrentar outra ‘pedreira’ na Taça Libertadores. Que as forças fluídicas dos brasileiros estejam conosco.
Acredito que, com o término do Campeonato Paulista e se o Peixe passar sobre a equipe do Once Caldas-COL terá mais força para se dedicar à Taça Libertadores, para se tornar um time favorito, visto que nesse caso terá deixado de lado essa logística das viagens (tão perto de outros compromissos importantes) que são tão desgastantes como é estar dentro de campo.