SÉCULO XXI
DESIGUALDADE DE GÊNERO NO SÉCULO XXI ?
Em pleno século XXI, nem um tema é tão atual e ao mesmo tempo tão ultrapassado quanto à desigualdade de gênero. Nossa sociedade esta cada vez mais adaptada a esse comportamento, uma vez que para toda forma de manifestação nossa há uma ação contraria: se trabalhamos fora, não somos boas donas de casa, se somos promovidas, é porque saímos com o chefe, se somos a chefe, é por mero acaso, se engravidamos ainda solteiras, somos fáceis, se recorremos a nossos direitos, somos feministas.
Nas salas de aula de cursos matemática ou física, o numero de mulheres matriculadas é muito baixo. Não somos consideradas inteligentes o suficiente para resolvermos problemas aritméticos, tão pouco usar fórmulas confusas. Isso se deve ao fato de não ouvirmos falar em mulheres que ficaram quase que escondidas na história da matemática como A primeira mulher da qual nos chegou registro de ter trabalhado e escrito em Matemática foi a grega Hipatia e Mlle Sophie Germain, francesa, a quem se deve um importante trabalho na área da teoria de números.
Nossas oportunidades são restritas, mesmo que nossos limites possam superar expectativas. Somente há pouco tempo foi aprovada a lei que coibi a violência contra a mulher, que ocorre descaradamente a mais anos do que se possa imaginar, e não é a aprovação desta que vai acabar de uma vez por todas com o que acontece em muitos lares e por lá ficam, tendo como testemunhas somente as quatro paredes de um quarto. Existem empresas que oferecem cargos a ambos os sexos, mas na hora de selecionar candidatos há certa preferência aos candidatos do sexo masculino. Há empresas que tem este procedimento para não ter que se preocupar com a licença maternidade que uma funcionária possa a vir tirar. O fato é que mesmo tendo crescido muito o espaço para as mulheres dentro de empresas ainda há diferença salarial, mesmo que ambos os sexos desenvolvam a mesma função. Na política podemos citar algumas mulheres que chegaram ao topo do poder e como influenciaram suas épocas de forma marcante, dentre elas, Cleópatra, rainha do Egito no último século antes de Cristo também há Alexandrina Vitória, ou Rainha Vitória da Inglaterra, que foi muito mais que chefe de governo do Império Britânico, que ficou conhecido como "Era Vitoriana". Em 1970 uma mulher assumiu o poder na Argentina, após a morte de seu marido, é ela Maria Estela Martínez Perón, a Isabelita Perón. Em janeiro deste ano, assumiu a presidência da Libéria a economista Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher a governar um país no continente africano.
No Brasil, ainda há uma grande desigualdade entre homens e mulheres no poder. Atualmente há apenas duas governadoras nos 26 estados mais o Distrito Federal, Rosinha Matheus, no Rio de Janeiro, e Vilma de Faria, no Rio Grande do Norte. São nove senadoras entre os 81 integrantes da Casa legislativa. Na Câmara, há 46 deputadas federais entre 513 membros. No Judiciário, o Supremo Tribunal Federal conta com uma ministra, a juíza Ellen Gracie, entre os 11 integrantes. Dos 5.560 municípios brasileiros, 418 são governados por mulheres. Isso nos mostra como ainda há um longo espaço para as conquistas femininas na política nacional, mas a maior já foi conquistada, pois além de trabalhar, conquistamos o direito de votar e de ser votadas, em 1932, há apenas 74 anos.
Contudo, estamos cada vez mais próximas de nos libertarmos de