Contundência!
Crônica postada em 20/04/11 no BLOG www.arenadascronicas.blogspot.com que atuo como colaborador. Há outros 'amadorísticos' textos meus bem como de outros competentes escritores por lá...
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De há muito venho analisando e tentando compreender qual o sentido da aparente agressividade daqueles que procuram de forma diferenciada impor suas ideias e o que acreditam ser verdade àqueles com os quais debate ou simplesmente ouvem suas argumentações, deduções e pensamentos.
A eloquência do que se transmite, seja por meio da fala ou da escrita, é tida por muitos como uma forte prerrogativa para o convencimento sendo, via de regra, forte arma para a obtenção de pareceres favoráveis e até para convencimentos e mudanças de opinião.
O que seria de um parlamentar, para se ter um exemplo mais evidente do uso desse expediente, se não se impusesse em um discurso para buscar um convencimento de seus interlocutores no sentido da acatação de uma sua ideia?
Já tive oportunidade de como mero espectador comparecer a cultos proferidos em pequenas congregações (e até em algumas não tão pequenas...) em lugarejos afastados. E por lá tive também oportunidade de constatar, 'in loco' a força que tem o 'poder da palavra'. Elementos auto-intitulados pastores, a guisa de levarem palavras de conforto, lenitivo, esperança, solidariedade elevam seu tom de voz e não raramente conseguem aumentar o 'rebanho de ovelhas' que os considera, por vezes, até enviados por uma força superior para guiá-los na terra.
Em nossa vivência nos deparamos, aqui e acolá com aspectos mais palpáveis e racionais no uso da força da palavra.
Em sendo assim, há obviamente, utilizações na força dessas palavras em sentido de convencimentos que procuram incutir nas mentes daqueles aos quais se procura levar a mensagem esclarecimentos acerca de procedimentos que soam incomuns, mas que, porém, em seu bojo encetam ações não usuais que sendo melhor esclarecidas podem perfeitamente ser encaradas e introduzidas no rol da normalidade e aceitação.
Em um sentido figurado o uso da contundência enceta utilizar as palavras com sentido de produzir uma grande impressão ocasionando convencimento, sem quase deixar lugar para contra argumentação e à discussão.
Tenho tomado conhecimento de defesa de posicionamentos nos quais é bastante explorado este tipo de argumentação. E na maioria das vezes, esses defensores (as) são imbuídos de muita verve, entusiasmo e poder de persuasão, fazendo com que suas teses sejam moldadas por fundamentos quase irrefutáveis, tolhendo qualquer contrapartida daqueles que, por algumas sem mesmo saber definir por qual motivo, posicionam-se contrariamente ao que é apresentado e debatido.
Concluo então que, aquele que tem o poder da palavra, que utiliza sua eloquência, com uma agressividade moderada moldada em alicerces de justeza e de conhecimento amplo em suas argumentações e que faz uso de uma bem estruturada contundência, atinge de forma plena e total seu objetivo, via de regra demonstrando a validade de sua reivindicação e demonstrando por A + B, que o que apresentou e está defendendo vai ao encontro de atitudes e procedimentos que se ainda não o são deveriam ser perfeitamente assimilados por toda sociedade.