A CANETA DE PRATA II

A CANETA DE PRATA II

A já famosa caneta de prata resolveu sair, novamente, da gaveta e continuar a contar a sua história.

Procurou algumas folhas de papéis, refugou algumas.

Queria papel de qualidade, folhas beges de preferência, a letra fica mais bonita, ela sabe.

Achou, pensou, começou...

"Caramba como estava quente essa gaveta, me lembra aquela viagem que me colocaram no console do carro e me esqueceram por lá.

O sol estava de rachar.

Acho que foi no Rio de Janeiro. Cidade linda pra caramba.

Nossa, que linguajar e esse. Deve ser a convivência com a criançada lá de casa. Preciso tomar um pouco mais de cuidado com o que falo.

Bom, ai vieram me buscar e entrei em um hotel chiquérimo. Copacana, se não me falha a memória. Era sim, vi até o Frank Sinatra de relance....

Estava com alguns cabelos brancos, mas, os olhos continuavam azuis, lembrava até um pouco a cor da minha tinta, azul, nobre...

Fui até uma suíte, não a Presidencial é claro, pois devia estar ocupada pelo Frank é lógico.

Mas a suíte era linda, ampla... Mas o que importa foi o passeio depois...

Além do show do Frank, no Maracanã, fui até o Cristo Redentor.

Amigos, dá para faltar o fôlego (estou voltando ao linguajar dos adolescentes, paciência), o local é belíssimo. Dá para ver o Rio todo, mas a estátua, a estátua é de arrepiar até os últimos fios de cabelos e disparar esse velho coração...

Ah! Essa não!Está acabando essa carga, também acho que é, ainda, a mesma da viagem para o Rio.

Quem sabe me levam por esses dias lá na Ravil, no prédio Martinelli, na avenida São João, para uma troca de carga. Azul é claro e uma revisãozinha que estou mais que precisando.

Agora chega, cansei e alem disso a carga está acabando....

Quem sabe outra vez..."