Sustentabilidade humana
É comum presenciarmos grandes especialistas, economistas, apresentarem seus pontos de vistas, ou melhor, suas grandes ideias para turbinarem o desenvolvimento econômico. Em termos econômicos, sempre se deve buscar soluções, porque multiplicar dinheiro é imprescindível para nosso desenvolvimento; pois engrandece o homem.
A cada ano os representantes políticos, e até mesmo nós individualmente, traçamos metas a fim de organizarmos nossas movimentações financeiras, isto porque, não apresentar déficit, significa o nosso sucesso. O valor do homem, atualmente, se mede pelo que ele tem, e não pelo que ele é. Sabemos que isso é um fato, que até nos incomoda. Entretanto, descambamos na onda de acumular bens para sermos bem vistos. Nós tendemos a nos assujeitarmos á ordem capitalista.
Percebe-se que naturalmente nos organizamos de modo a empreender o desenvolvimento econômico. Talvez nos dedicamos de tal maneira que esquecemos de usar nosso potencial empreendedor para potencializar os nossos bens humanos. E não é de estranhar que alguém questione: como assim, bens humanos? Se procede, é porque quase não nos prestamos a esses tipos de reflexões. Aliás, quando se trata de falar da grandeza humana, as palavras dos renomados especialistas quase não têm nenhum merecimento, pois para eles o que mais importa é a abundância do bem material. Poucos lhes interessam se todos têm acesso aos bens, ou se tal bem contribui para o engrandecimento humano, o qual entendemos como a capacidade humana de expressar o amor, a paz, saúde, respeito ao outro, etc.
Se recorrermos ao retrospecto da história, não encontramos nenhum caso de que houve lutas, ou guerras, que se institucionalizaram em nome do resgate de bens humanos. Mas quase todas elas se justificaram por disputas de bens materiais. Isto quer dizer que a mesma lógica que utilizamos para multiplicar nossos bens materiais, não é a mesma que utilizamos para pensarmos, ou melhoramos a nossa expressão sentimental.
O resultado é que somos, literalmente, mendigos sentimentais. Ocultamos nosso potencial para amar, ser delicado com o próximo, explanar a paz, e outros. Anulamos nossa natureza em favor de dar vazão ao que não é da natureza humana: expressar o que há de melhor. Quando fugimos a essa regra talvez nos aproximemos de animais ferozes, selvagens. Concordemos que isso não nos cabe, senão do que adiantaria sermos racional? Se não para melhorarmos nosso bem-estar.
Cabe-nos, até mesmo individualmente, fazermos um trabalho de formiguinha, no sentido de semearmos boas ações. Do tipo: dar bom dia, pedir licença, fazer um favor para o outro; ao invés de brigar, buscar estabelecer o diálogo, etc. Dessa forma, podemos multiplicar, triplicar, nossos bens humanos; dividir com todos. E não há limite. Agindo assim talvez nos sentíssemos mais humanos, evoluídos, e feliz.
Sustentabilidade humana é o segredo para equilibrar nossas ações no mundo.