LIBERDADE AFINAL.





Hoje, 13 de maio de 2011, comemoramos a Abolição da Escravatura. Muito falta para o negro do Brasil, maior população brasileira, ser definitivamente livre. Falta ser tratado com dignidade, ter maiores oportunidades, sem discriminações e também ser acreditado como homem honesto em nossa política, apesar de que, na política brasileira, ninguem está livre desta desconfiança.
Muito já se falou do dia 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, mas, queria ressaltar, a grande contribuição dos artistas, em reverenciar esta data importante para a nossa história. Os compositores, Caetano Veloso, Martinho da Vila e vários outros já criaram músicas homenageando esta data. Nesta oportunidade quero evidenciar as Escolas de Samba do Rio de Janeiro, que em sua maioria negra, se dedica diutunamente à causa da Liberdade de todos nós, em todas as suas formas e nuances, indiscriminadamente. Destaco neste momento, apenas para relembrar, o magistral Samba -Enredo, da Escola de Samba Academicos do Salgueiro, de 1967, "História da Liberdade no Brasil", que ficou marcado como um dos melhores sambas-enredo de todos os tempos.


HISTÓRIA DA LIBERDADE NO BRASIL

Quem por acaso folhear a História do Brasil
Verá um povo cheio de esperança
Desde criança,
Lutando para ser livre varonil.
O nobre Amadeu Ribeiro,
O homem que não quis ser rei,
O Manoel, o Bequimão,
Que no Maranhão
Fez aquilo tudo que ele fez.
Nos Palmares,
Zumbi, o grande herói,
Chefia o povo a lutar
Só para um dia alcançar
Liberdade.
Quem não se lembra
Do combate aos Emboabas
E da chacina dos Mascates,
Do amor que identifica
O herói de Vila Rica.
Na Bahia são os alfaiates,
Escrevem com destemor,
Com sangue, suor e dor
A mensagem que encerra o destino
De um bom menino.
Tiradentes, Tiradentes,
O herói inconfidente, inconfidente,
Domingos José Martins
Abraçam o mesmo ideal.
E veio o "Fico" triunfal
Contrariando toda a força em Portugal.
Era a liberdade que surgia,
Engatinhando a cada dia,
Até que o nosso Imperador
A Independência proclamou.
Ô-ô, oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá-iá
Oba, lá-rá-iá, lá-rá-iá!
Frei Caneca, mas um bravo que partiu,
Em seguida veio o 7 de abril,
No dia 13 de maio
Negro deixou de ter senhor,
Graças à Princesa Isabel,
Que aboliu com a Lei Áurea
O cativeiro tão cruel.
Liberdade, Liberdade afinal,
Deodoro acenou,
Está chegando a hora,
E assim quando a aurora raiou,
Proclamando a República,
O povo aclamou.

Compositores: Áureo Campagnac de Souza e Aurinho da Ilha.







Por: Jaymeofilho.
13/05/2011.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 13/05/2011
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