Estações

Talvez consiga viver melhor quando conseguir esquecer de vez o bem que me fez, se for possível desfazer o amor que nasceu em mim e me entreguei completamente na ilusão da felicidade que permeia a vida e naturalmente trouxe a dor que me invadiu e fez o coração amargurado ficar, bater pausado demais para quem busca um olhar diferente para plantar novamente a alegria que sinto falta, quando partiu levou contigo a beleza que deixava os dias mais leves e o sonho ficou distante de alcançar.

Baseei meu universo em sentimentos utópicos e sofri porque neles acreditei, jamais quis ser rico ou não ser o que na verdade sou e me orgulho disso e exatamente perdi quase tudo, amigos e amores chegavam e partiam como as estações do ano, um circulo se formou entre alegrias e tristezas, quando bate o silencio nas madrugadas na felicidade acredito, sou feliz simplesmente por estar vivo.

Na finitude da tristeza que brota as lagrimas, transforma e transborda a dor nítida e verdadeira que invade o silencio da alma que está triste, me leva a crer que a fragilidade me consome e valida os sentimentos puros que é essência de minha vida um pouco esquecida, faz a saudade aumentar.

E nas desilusões de lembranças queridas, que o tempo roubou e não devolveu mais, aumentando o peso dos dias e do amor pleno que não dá para ser vivido, porque levou um pedaço de mim, o melhor de todos e me sinto incompleto, sonhando com o mel e vivendo o fel que se apresenta na angustia desta longa madrugada e no silencio navego pensando no amor simplesmente no amor...

Edilson Barro Preto
Enviado por Edilson Barro Preto em 12/05/2011
Código do texto: T2965957
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