Cura

Doente, busquei nos homens de branco e na gente das estrelas, a cura de todas as minhas mazelas; e por um tempo, achei que estava bem. Não estava!

Tinha me curado por fora, mas a doença seguia cobrindo por dentro, tudo aquilo que eu não queria olhar; e seguia doendo; até que eu percebi que a cura não vinha de fora, mas de dentro.

Ela vinha das minhas interpretações do passado, marcas e mágoas que nunca tive coragem de tratar, e ignorava que elas podiam causar tanto dano ao meu corpo. Duro engano, tudo parecia bonito por fora, e por dentro, tanto pranto.

Essas mágoas, como vírus que se espalha, foi tomando conta de tudo, camada por camada; e meu corpo foi tentando me avisar: “olha os sinais, toda doença é conto a narrar!”

Talvez por merecimento ou sorte, pude há tempo, perceber um impulso, que foi me revestindo de coragem para compreender o que precisava ser feito. E busquei, dentro de mim, as forças necessárias para trazer a consciência que esse impulso era a grande chance que eu precisava para me auto-curar.

E tomei desse remédio chamado aceitação e a cura se estabeleceu com as atitudes que precisei tomar para as mudanças processar na minha vida. E minha alta finalmente ocorreu, quando optei por não mais ignorar que são os ecos das lamúrias do passado que nos levam a esquecer o nosso próprio poder para se curar.