L E G A D O






Ah! Minha sinzinha dos poetas, quantas serenatas em silêncio fiz pra ti:encantos que se ocultam em cada pedaço do EU SOU GOIÁS ? Quisera adornar-te com as mais preciosas pedras do meu sofrer, com a mais delicada pétala de flor que nasce no coração de uma paulista apaixonada por ti... a alegria de madrigais de pardais e outros mais nas cordas que me atam a ti.
Ah, casa nº 13 da rua Maximiano Mendes, herança do suor de meus pais...a nº 1 da antiga rua Dr. Corumbá; quantos segredos tuas paredes guardam... sonhos que não passaram de uma quimera, sonhos que se fizeram ideais e se tornarem realidade...tanta nobreza tua historia abriga e eu queria deixar pra ti um legado de riquezas, a minha FUNDAÇÃO e agora?O medo do NÃO CHOVER e o pavor DA CHUVA. Tuas paredes centenárias estão comprometidas com o ESCOMBRO e aí... um amontoado de entulho é o que meu sonho poderá se tornar e tal como para uma borboleta a realeza de uma orquídea seca nada significa, só me resta dizer-te ADEUS... e guardar dentro deste coração sonhador A FLOR DA DECEPÇÃO.
Perdoe-me se o legado da velha casa nº 13 será lembrança da velha senhorinha de cabelos brancos na janela com o olhar perdido no espaço relembrando do seu amado a perguntar: onde ele estará? Ou da poetiza na janela buscando inspiração para mais uma declaração de amor por ti... Goiás.



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Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 12/05/2011
Código do texto: T2964985
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