HORA DE PASSAR A ZANGA
Trago comigo uma mania do tempo de criança, é de me isolar quando algo me aborrece e algo me aborreceu, então subi a escada que leva ao meu quarto, entrei, fechei a porta e lá com certeza permaneceria até me ver livre do que me afligia, não deitei na cama e nem fui para detrás do seu espelho como costumava fazer quando pequena, sentei-me no chão feito um cão de guarda perto da entrada da porta . Os meus olhos reclamavam de um raio de sol que transpunha uma fresta na janela. Enquanto curtia a minha zanga ocupei-me em contar e recontar os dedos dos pés e das mãos. Enfastiada, passei a enrolar os pensamentos e cheguei até Deus, fiquei imaginando sobre a minha descrença, sim, porque eu já acreditei piamente Nele, nos santos, na Santíssima Trindade, no céu, no inferno, no purgatório e até em alma do outro mundo.
Como o raio do sol continuava irritando os meus olhos, fiquei imaginando a preferência do grande Demiurgo pelos globos, o nosso geômetra era chegado a um circulo... terra, sol, lua, estrelas, planetas, tudo redondo. Deixei Deus de lado e voltei a contar os dedos, olhei pro relógio já passava das dezoito horas, as dezenove costumamos jantar e eu já estava com fome, então pensei... hora de passar a zanga, levantei-me sacudi a cabeça, abri a porta e perguntei pra mim mesma por que era mesmo que eu estava zangada. Não é que eu esqueci? Aí fui cuidar de me arrumar para o jantar, sai do quarto deixando a porta aberta e desci a escada cantarolando “Ne me quite pas”.
Trago comigo uma mania do tempo de criança, é de me isolar quando algo me aborrece e algo me aborreceu, então subi a escada que leva ao meu quarto, entrei, fechei a porta e lá com certeza permaneceria até me ver livre do que me afligia, não deitei na cama e nem fui para detrás do seu espelho como costumava fazer quando pequena, sentei-me no chão feito um cão de guarda perto da entrada da porta . Os meus olhos reclamavam de um raio de sol que transpunha uma fresta na janela. Enquanto curtia a minha zanga ocupei-me em contar e recontar os dedos dos pés e das mãos. Enfastiada, passei a enrolar os pensamentos e cheguei até Deus, fiquei imaginando sobre a minha descrença, sim, porque eu já acreditei piamente Nele, nos santos, na Santíssima Trindade, no céu, no inferno, no purgatório e até em alma do outro mundo.
Como o raio do sol continuava irritando os meus olhos, fiquei imaginando a preferência do grande Demiurgo pelos globos, o nosso geômetra era chegado a um circulo... terra, sol, lua, estrelas, planetas, tudo redondo. Deixei Deus de lado e voltei a contar os dedos, olhei pro relógio já passava das dezoito horas, as dezenove costumamos jantar e eu já estava com fome, então pensei... hora de passar a zanga, levantei-me sacudi a cabeça, abri a porta e perguntei pra mim mesma por que era mesmo que eu estava zangada. Não é que eu esqueci? Aí fui cuidar de me arrumar para o jantar, sai do quarto deixando a porta aberta e desci a escada cantarolando “Ne me quite pas”.