BIN LADEN. SILÊNCIO DO TERROR.

Quando se diz que a história se repete não é em vão. A história reconta acontecimentos, episódios, por se repetir. Nas guerras, surdas ou públicas, a história mostra a surpresa como grande arma de eficácia. Foi assim no desembarque da Normandia quando o nazismo começa sua derrocada. Com toda a espionagem e seu reverso não conseguiram abafar a surpresa. Quem conhece o local vê com os olhos o ocorrido pelo comando de Churchil e explica o descomunal e surpreendente deslocamento de tropas (dois milhões) e armamentos.

Outras e inúmeras histórias de surpresas apontam para o silêncio e a surpresa; o “11 de setembro” foi referencial.

A surpresa é precedida pelo silêncio. A indiscutível morte de Osama Bin Laden, reconhecida por familiares e seguidores da cúpula, o personagem que sacudiu o Império Americano que seria intangível pelo “onze de setembro”, não será esquecida pelos doutrinados.Não foi esquecida, revolve urdiduras em cabeças patológicas, armam-se para retaliar.

O silêncio sepulcral da hierarquia do grupo é assustador e significativo, é como a cobra armada para dar o bote, a passada sorrateira e sem som do felino de grande porte.

É o que estamos assistindo atrás da cortina onde a próxima peça do terrorismo é ensaiada. O teatro está fechado e ele olha para o mundo situando os “inimigos”.No silêncio tramam a surpresa os atores. A publicidade da morte do símbolo sopra o fogo da vingança e acende com mais força a vontade de mostrar poder.

O golpe sobre um império com 800 bases militares no mundo foi fortíssimo. É como um leão, o Rei das Selvas, ser morto por uma ratazana. Daí o ufanismo da festa, engasgado o justiçamento por anos. Os EUA, como sabem historiadores e sociólogos, é um outro império como foi Roma, cada um em sua proporção. Os impérios se fazem pela força das armas e pela riqueza advinda da força, da dominação.

A morte de Bin Laden, entendem alguns, foi um ato de guerra que prescinde de julgamento, consequência da guerra que não é pública, que não é declarada, que não parte da soberania das nações, mas do silêncio, do terror que sorrateiro desenha estratégias. Há um gosto especial nessas mentes, um sabor na crueldade, trabalham febrilmente para esses resultados desproporcionais. Esse tipo de terror, que surpreende e mata, ouve-se também de um criminoso comum, que com prazer revela o procedimento como um vitorioso.

Sua medida não é comum, por vários desvios, situam-se no que se afasta da compreensão da civilidade do homem comum, da necessariedade do ser humano em ver no próximo um igual.

O atual silêncio do terror é expressivo ....... a história aponta inúmeros silêncios seguidos de marcantes e indesejados acontecimentos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/05/2011
Código do texto: T2964463
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