OLHARES

Saí apressada da aula e caminhei até o ponto do ônibus. Pelos meus cálculos, não esperaria muito.
Ledo engano! Não calculei certo ou moro pior do que pensei até ontem.
Aí foi esperar.
Pensamento viajando a velocidade maior que a habitual e adrenalina jorrando.
Medo... Afinal era noite e eu estava só naquele local meio deserto.
Carros passavam... Ônibus para os mais variados locais... Mas eu tinha que morar em Marte! Para Marte não há conduções fáceis!
De repente entre meus pensamentos, percebi estar acompanhada.
Atrás de onde eu estava, havia uma janela e lá uma senhora observava silenciosa.
Entreolhamo-nos e passei a sentir-me acompanhada e de certa maneira protegida. Aquela senhora nem sequer imagina o bem que me fez em todas as vezes que nossos olhares se cruzaram!

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 10/05/2011
Reeditado em 07/08/2011
Código do texto: T2962182
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