CRÔNICA – Quando o STF endoidece – Em 09.05.2011

            Eu sempre soube que os tribunais superiores eram a maior segurança desta nação, ao contrário do que pensam alguns, quando acham que é nas forças armadas que repousam as nossas garantias. Falo aqui no âmbito interno, claro, porque no externo não estamos equipados para garantia coisa alguma.

            Todavia, ultimamente algumas decisões estranhas têm sido tomadas as quais não se coadunam com sentenças anteriores, ou seja, elas se conflitam.

            No que toca aos mandatos políticos, embora o país seja um festival de partidos sem a mínima expressão, muito mais fundados para se incorporar aos do governo, a fim de engrossar a quantidade de sufrágios e possibilitar a eleição de muitos políticos que fizeram dessa atividade a sua própria profissão.

            Pois decidiram que o mandato não pertence ao titular dos votos que recebeu, mas ao partido a que está filiado, como se nós fôssemos um país de primeiro mundo, onde as agremiações têm programa próprio e que são cumpridos quando seus alistados estão no poder. Pergunte a qualquer pessoa qual é o partido do excepcional Tiririca que ninguém vai saber, mas ele fora eleito e na carona levou vários companheiros que pouco ou quase nenhum voto obtivera nas últimas eleições de 2010.

            Depois, para complicar ainda mais, decidiram que os votos não eram mais dos partidos, mas sim das coligações (associação nem sempre lícita de “nanicos” para engrossar a base o governo). Foi muita gente prejudicada com esse entendimento falho, sim, equivocado, pois não é pelo simples fatos de serem intocáveis que os ministros não pecam, não erram. E assim, o suplente que pensava ser deputado, por exemplo, teve de entregar o mandato a outro colega completamente diferente e de outra agremiação.

            Desde que me entendo de gente que vejo, sinto e ouço que o eleitor vota no seu candidato, não em partidos, e não seria pela vontade de ministros pecadores como nós que a desejo do eleitor deveria ser adulterada grosseiramente. Sabe, isso anda muito pior do que o “Samba do Crioulo Doido”, ninguém entende nada.

            Chegou-se a tomar o mandato do Governador Jackson Lago, no Maranhão, que era do PDT (falecido semana passada), em prol da filha do doutor Sarney, que ficara em segundo lugar pelo DEM, tendo passado para o PMDB, a qual já fora reeleita para novo período de quatro anos. Decisão de Juiz tem de ser cumprida, mas não me obriga a concordar com nenhuma delas, em face da minha cidadania.

            Mas neste país do jeitinho nacional, acredito ninguém vai sair prejudicado, pois vão arranjar um cala boca para esses pobres coitados que perderam, depois ganharam e agora foram novamente derrotados definitivamente. Agora mesmo, aqui em Pernambuco, em face das cheias que desabrigaram mais de dez mil famílias, vai criar mais de 300 escritórios para cuidar desses eventos, e se cada um contar com dez funcionários já teremos três mil empregos bem remunerados para o povo pagar, balançar a caneca e dizer amém.

            Boa criatividade para garantir mais votos nas eleições do próximo ano para prefeitos e vereadores...

            Mudando um pouco. Veja que manchete da UOL sobre o mensalão:

09/05/2011 - 18h29

“Procurador gaúcho responsabiliza Lula por mensalão”

Fico por aqui.

Em construção.

Ansilgus