Pisando de Mansinho

Pisando de Mansinho

Dá medo, dá vontade de sair correndo, dá uma insegurança quando a gente entra da dança de querer descobrir do que somos feitos.

Bate um pavor, principalmente quando as portas se abrem e a gente sabe, por intuição, que já passou por elas; e foi por elas nos lembrarem quem somos, que fizemos questão de esquecer; mas nós é tudo teimoso, e lá vamos nós de novo, flertar com a iluminação; sair das cavernas da ilusão e encarar a nossa responsabilidade de ter maturidade para crescer.

Crescemos, mas dá dor, dá vontade de não seguir adiante, de continuar esquecido; mas daí, a gente percebe que já é tarde, pegamos gosto pra coisa, abrir portas já não é tão assustador assim, basta pisar de mansinho, devagarinho e a gente entra, descobre e se for possível, a gente conta em poema ou crônica, que todo mundo chega lá, no final das contas.