Jerônimo

Nas planícies dos estados unidos da América vivia jerônimo.

Ele era filho da terra virgem e se considerava o mais feliz dos homens.

Sua maneira de viver era simples. Caçava, pescava e alimentava sua família retirando da natureza tudo o que precisava e mesmo assim, tomava todo o cuidado para não explora-la, pois entendia que tudo estava ali para ser dividido entre outros como ele.

Nas manhãs de sol da primavera, quando os campos selvagens estavam floridos, Jerônimo caminhava com as duas mãos abertas, em direção ao horizonte verde das pradarias, tocando as palmas das mãos na ponta do capim alto , sentindo a mais pura alegria de viver.

Quando chovia, Jerônimo se recolhia com os outros na sua tenda, aonde o barulho da chuva cadenciava seus pensamentos. aonde a natureza fazia parte dos seus sonhos.

Nada faltava a ele. Ele era livre e tudo era de todos.

Mas um dia um velho índio fez uma profecia.

Disse, durante um conselho, em volta de uma alta fogueira feita de troncos de bétula, que um dia homens viriam de longe e tomariam tudo de Jerônimo. Disse que a as árvores seriam cortadas, os riachos secariam e a caça seria abatida apenas como esporte.

Jerônimo ficou triste, tão triste que naquela noite não dormiu.

Saiu da aldeia e foi andar na pradaria.

A lua era cheia e ele repleto de tristeza pediu a mãe natureza que agisse em beneficio do seu povo.

Então algo aconteceu.

Uma luz prateada ofuscou seus olhos e foram todos levados a um lugar diferente, um novo mundo.

Lá, alguém esperava sorridente, acenando e mostrando uma pradaria ainda mais bela, aonde a caça era ainda mais abundante e os rios repletos de peixes. Talvez fosse Deus, ou um anjo , não se sabe, porque Jerônimo não conhecia os homens brancos nem pensava como eles.

Jerônimo não era civilizado, era apenas alguém , que na pureza dos seus gestos , mereceu ser tratado como um anjo.