Sonhos ainda são

Uma vez li em certo lugar que um homem vendia sonhos. É, ele poderia fazer. Então por que não eu?

...

Era uma vez uma menina tão sonhadora. Sim, ela gostava de vender sonhos. Era o que a inspirava. Todo dia de manhã pulava da cama, tão feliz, sabendo que iria transformar algo / alguém. Mas como? Como um simples mortal pode vender uma abstração? Ah-rá! Aí é que está: não é abstrato quando se acredita. E ela, ah, como o fazia: transformava o mais complexo em simplicidade. Entende?

Seguia apenas o apenas.

Não esperava nada; sabia, no fundo, que tudo viria na sua determinada hora, mesmo que levasse tempo.

Ela gostaria de entender, agora, porque seus sonhos estão tão distantes; quer saber como conseguem viver sem ele; quer saber se você está preparado para você e não para eles; quer entender suas negações, também, é claro; quer entender porque tudo, agora, tem de ter um porquê absoluto, preso à regras que não tem de ser obedecidas, mas são; quer saber porque o agora é diferente do seu; ah, se ela quer saber.

Ela faz parte da cidade. Está aqui, sonhando. É o que ela vende.

Ela, por acaso, está pensando em te encontrar.

Você quer? Ou vai deixar de ser por medo?

Basta escolher!

Os sonhos sempre existirão, assim como sonhadores.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 06/05/2011
Reeditado em 08/06/2013
Código do texto: T2952786
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