TE CHAMAM DE LOIRA BURRA? MANDE-OS CATAREM COQUINHOS...

"Um turista, fazendo uma expedição pela floresta amazônica, encontra um nativo com quatro tonéis, cujas placas anunciam a venda de cérebros. Aproxima-se do primeiro tonel e pergunta de quem é o cérebro. O nativo responde ser de Jacques Costeou e que custa R$20,00. No segundo tonel, diz ser o cérebro do Albert Einstein, R$30,00. No terceiro tonel, cérebro da Carmem Miranda por R$40,00. No último tonel, o cérebro de uma loira, custando um milhão de reais. Estarrecido, o turista indaga porque é tão caro e o nativo lhe pergunta se ele sabe como é raro encontrar cérebro em uma loira".

Não é para rir... Creio que é para chorar, ou se indignar, porque se trata de discriminação. Preconceito barato. A maioria das mulheres, hoje, pinta o cabelo. Se o padrão médio da brasileira é moreno, pode-se dizer que poucas são as loiras naturais. E essas, geralmente, são descendentes de estrangeiros, notadamente os europeus.

Aqui vale destacar, pelo menos, três coisas:

1) Parece ser voz comum que o brasileiro não dá muito valor ao produto nacional; prefere o importado e quando o importado não é acessível, pirateia-se.

2) A música de Gabriel, O Pensador, mesmo tendo outro objetivo, acabou contribuindo para essa idéia distorcida. Na realidade, ele não está se referindo a loira como biotipo. Na música, "loira burra" é qualquer mulher fútil, vazia, sem ideais, que tem como maior trunfo o bumbum e o silicone.

3) O preconceito com a loiras é resultado do preconceito com as mulheres em geral, só que disfarçado, resquícios ainda de uma sociedade machista.

A sociedade humana é preconceituosa por natureza. E não são só as loiras que sofrem discriminação. O preconceito atinge obesos, negros, homossexuais, religiões...

Nosso mundo, espiritualmente, ainda tem um caminho muito longo na evolução. Porque evolução nas relações humanas começa pelo respeito às diferenças. Sem ele, o convívio é impossível. Independente de raça, ideologia, religião, beleza, idade, o importante é ser gente. E gente que é gente ama e aceita o outro como gente.

Se és loira, natural ou não, e te chamarem de burra, mande-os catarem coquinhos no deserto...

Giustina
Enviado por Giustina em 04/05/2011
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T2949887
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