Escrevendo o livro da vida.
A vida da gente é editada, como se fosse um livro, uma biografia,
sendo que a cada novo dia escrevemos uma página dele.
Se folhearmos e lermos ele desde o primeiro dia de nossa vida edi-
tada, encontraremos algumas folhas amareladas, palavras apagadas ,
algumas páginas dobradas, talvez marcando algo importante que acon-
teceu naquele dia e naquela página. Aparecem outras páginas novas ,
como se nunca fossem relidas. Outras páginas amassadas, talvez nes-
te dia você não estava muito bem. Outras páginas, quem sabe, você
quizesse arrancá-las, talvez rasgá-las de seu livro da vida. Algumas pá-
ginas em branco, sem nada escrito, neste dia não teve nada de impor-
tante, nada agradável, a página em branco sem nenhuma palavra, ne-
nhum rabisco, nenhuma letra, apenas uma página em branco, sem ale-
grias nem tristezas, nem acontecimentos, nem amor, muito menos ódio ou raiva, que será que aconteceu neste dia em branco, invisível , sem
perspectivas, sem comentários.
Tem dias que temos vontade de escrever os nossos sonhos e a -
diantarmos o futuro, mas não dá, porque tem que ser um dia de cada
vez, página por página, não tem como pularmos as páginas da vida.
Mas que dá vontade, isso dá, de escrever exatamente o que você
quer ler, o que você quer que seja o livro da sua vida.