Tudo virou xerox
O livro publicado na web vende menos do que aquele não publicado? O xerox é prejudicial? Em ambos os casos é tema ultrapassado.
A única coisa atualizada que não virou xerox é o pós-tradiconalismo. Pós-tradicionalista é questão atualizada: escritores tecnizados estão produzindo verdadeiras obras de arte na própria internet. Deliberadamente. (Risos)
Essa massa de escritores viverão sem o direito de tomar um chope com o Juremir Machado na Redenção partindo dos proventos virtuais. O livro virou suplemento virtual e é essa a indisposição dos grandes editores. Onde está o mercado para inúmeros novos autores da rede? Chegaram ao ponto da proposta: “pague você mesmo o livro, se desejar! Marca do desequilíbrio. Eles sempre criaram uma turminha de “grandes escritores” que abasteciam o ego e os bolsos. Agora os bolsos continuam os mesmos, modificou-se o “status”, a condição de privilégio. Mas há também um cinismo nessa gratuidade da rede internacional de computadores. Vastíssima depreciação do valor das obras expostas. É visível. Ninguém aufere um níquel sobre material criativo. Os animadores virtuais (expressão criada por mim) alimentam de euforia a gratuidade do objeto. A produção subjetiva, essencial não tem valor nenhum. Não dá para viver como escritor na web, nem tampouco como chargista, cartunista, resenhista, naturista (epa!) e o mercado está empatado na duvida. Ninguém paga ninguém até que comece a asquerosa rede de processos.
Todo usuário merece algum caraminguá. Direito autoral para todos os usuários da rede!
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