Encerrando um Capítulo
(Fragmentos de um Diário Roubado)
Seria hoje, sim, finalmente a decisão já estava tomada... relaxei como nunca, o mergulho na banheira de sais refrigerava cada poro de meu corpo, escolhi a essência de flores do campo, algumas gotinhas e o aroma da liberdade... enxuguei-me calmamente, com a mais felpuda das toalhas, um toque macio...
Diante do guarda roupa não pestanejei, sabia exatamente o que deveria usar, o dia era de grande importância, pedia um tubinho preto, salto o mais alto possível, cabelos soltos e cacheados...
Segui em direção ao grande encontro, no caminho algumas boas recordações e de quando em vez um pensamento não tão bom assim...
Já avistava o ponto central, o local exato onde marcamos o último encontro de uma história que durou alguns anos, uma sala simples com pouca mobília, um jarro de flores artificiais que durante anos não havia percebido o quanto era impessoal, um quadro na parede não revelava muito a respeito da sua origem ou talvez o desinteresse por tudo aquilo, colocava-me cada vez mais distante de pequenos ou grandes detalhes, que em alguns minutos não mais diriam respeito a minha vida...
Um bom dia em tom frio e seco quebrou o silêncio, seguido de monólogo, exposição de justificativas que viessem a mudar a decisão que já havia tomado, aguardei silenciosamente, talvez, esta tenha sido a minha melhor atitude diante dos fatos... ouvi, ouvi, ouvi... quando de repente uma interrogação silencia novamente o ambiente, é a deixa, abri a pasta delicadamente, sem dizer uma palavra, uma única folha de papel e nada mais a declarar, no alto da página a revelação clara de que tudo estava definitivamente terminado, não haveriam mais laços que unissem nossas vidas, nossas histórias, que ali findava-se com uma carta de poucas linhas...
Para começar uma nova história, sou dependente da finalização de alguns detalhes que por desatenção muitas vezes atropelamos e deixamos sem resolver, dando a impressão de que existem possibilidades nas entrelinhas... a demissão foi aceita, senti um grande alivio, poderia finalmente alçar voo, a essência de flores reinava absoluta por toda parte, ou seria a sensação de liberdade transbordando?
(Fragmentos de um Diário Roubado)
Seria hoje, sim, finalmente a decisão já estava tomada... relaxei como nunca, o mergulho na banheira de sais refrigerava cada poro de meu corpo, escolhi a essência de flores do campo, algumas gotinhas e o aroma da liberdade... enxuguei-me calmamente, com a mais felpuda das toalhas, um toque macio...
Diante do guarda roupa não pestanejei, sabia exatamente o que deveria usar, o dia era de grande importância, pedia um tubinho preto, salto o mais alto possível, cabelos soltos e cacheados...
Segui em direção ao grande encontro, no caminho algumas boas recordações e de quando em vez um pensamento não tão bom assim...
Já avistava o ponto central, o local exato onde marcamos o último encontro de uma história que durou alguns anos, uma sala simples com pouca mobília, um jarro de flores artificiais que durante anos não havia percebido o quanto era impessoal, um quadro na parede não revelava muito a respeito da sua origem ou talvez o desinteresse por tudo aquilo, colocava-me cada vez mais distante de pequenos ou grandes detalhes, que em alguns minutos não mais diriam respeito a minha vida...
Um bom dia em tom frio e seco quebrou o silêncio, seguido de monólogo, exposição de justificativas que viessem a mudar a decisão que já havia tomado, aguardei silenciosamente, talvez, esta tenha sido a minha melhor atitude diante dos fatos... ouvi, ouvi, ouvi... quando de repente uma interrogação silencia novamente o ambiente, é a deixa, abri a pasta delicadamente, sem dizer uma palavra, uma única folha de papel e nada mais a declarar, no alto da página a revelação clara de que tudo estava definitivamente terminado, não haveriam mais laços que unissem nossas vidas, nossas histórias, que ali findava-se com uma carta de poucas linhas...
Para começar uma nova história, sou dependente da finalização de alguns detalhes que por desatenção muitas vezes atropelamos e deixamos sem resolver, dando a impressão de que existem possibilidades nas entrelinhas... a demissão foi aceita, senti um grande alivio, poderia finalmente alçar voo, a essência de flores reinava absoluta por toda parte, ou seria a sensação de liberdade transbordando?