Viva, enquanto sangue por suas veias corre.

Ah férias, delicia de inutilidade, nada e tudo acoplado em uma coisa só.

A câmera registrando cada suspiro do mundo, os olhos contemplando a magnitude da simplicidade de uma gota de orvalho que cai de uma folha e toca o chão e lá fica; e lá penetra; e lá hidrata a terra para que em breve uma nova vida dela brote.

A gota, o chão, a hidratação, a nova planta, na natureza tudo segue um ciclo.

Mas, qual é o NOSSO ciclo? Nascer, crescer, multiplicar e morrer?

Que vida patética.

Nascemos com um futuro livre mas decidimos traçá-lo de maneira igual ao do nosso vizinho: Chegue a este mundo chorando, aprenda a sobreviver nele, arrume um emprego o qual te dê sustento e não lhe tome a diversão, não viva pra multiplicar cifrão.

E O QUE FAZEMOS? Estudamos³ e arrumamos um emprego mais ou menos e vivemos pro trabalho, ele nos consome a diversão, o lazer e a paz, mas ele nos dá DINHEIRO e com dinheiro, MUITO DINHEIRO, QUEM PRECISA DE DIVERSÃO?

Nos casamos, temos filhos e depois, quando estamos muito velhos, nos achamos no direito de passar sermão em nossos filhos, o típico 'FAÇAOQUEEUDIGOMASNUNCAOQUEEUFAÇO'. E sabemos que nossos filhos mesmo assim vão cometer as mesmas burrices que nós.

O ser humano é tão tolo que acha que vai viver pra sempre e sempre e que pode retardar a diversão pois vai ter tempo de fazer isso depois, DEPOIS. Então, quando chegamos ao estágio final percebemos que dinheiro com o tempo vira papel velho, que nossa ganância nos cega e que fomos bobos do tempo.

Sindelll
Enviado por Sindelll em 03/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
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