Copa e Olimpíadas a vista!

Não deve apenas ser saudável que haja desenvolvimento em nosso país, mas um desenvolvimento sustentável e um plano inteligente de crescimento onde as necessidades básicas da população sejam reparadas e a qualidade de vida desse mesmo povo seja bem aceitável. Crescer, mas fazê-lo com zelo e criatividade.

O país precisa dessazonalizar a aplicação dos recursos e reaprender a crescer com responsabilidade. Tem-se falado bastante nas obras carecidas como infra-estruturas para as Olimpíadas de 2012 e a Copa do Mundo de 2014. Muito antes disso a sociedade bem que poderia ver suas obras de saneamento básico feitas e a miséria recebendo investimentos concretos que não as esmolas dos “bolsas”. Continuam dando o peixe ao povo e, ensinar a pescar que é bom, nadica de nada!

Eu comparo a maneira de investir-se no país com a cultura de recursos automáticos na justiça brasileira: faz-se alguma coisa para não se dizer que não se estar fazendo nada e assim a coisa vai sendo empurrada pela barriga ou até de goela abaixo. Há de projetar-se o tamanho do crescimento por suas reais necessidades, de forma orquestrada com os anseios e as necessidades da sociedade. Os planos multianuais de crescimento são importantes.

Dilma enviará a reforma tributária ao Congresso Nacional em fatias e adiará a reforma previdenciária. Anunciou e está cumprindo um aperto nos gastos públicos que pode ultrapassar os cinqüenta bilhões de reais, a depender das reais necessidades do país. Eu me pergunto: como faremos a infra-estrutura para essas duas grandes festas mundiais do esporte que acontecerão em nosso país, com esses cortes e a desprogramação que temos visto na realidade? Não saberia entender jamais se acaso eu não acreditasse em milagres.

No sangue latino estão a comodidade e a euforia, as duas coisas em tempos iguais e ocasiões diferentes. O latino é por natureza um buscador de milagres. Acontece que é necessário agir e com rapidez. Não será apenas com o samba que levaremos a festa adiante. Pois bem, Presidente Dilma Roussef, é preciso cobrar mais dos coordenadores desses dois eventos e ser mais generosa com os recursos do erário, sem exageros, é claro, mas com certa e devida coragem desportiva!