Tudo ao mesmo tempo

Enquanto registramos mais um assassinato na esquina, o preço da Gasolina sobe alguns centavos, Montes Claros cai para a segunda divisão do futebol mineiro e o pneu do carro estoura em um buraco. O mundo acordou com a noticia da morte de Osama Bin Laden, para quem não se recorda quem foi o barbudo que aparece sempre de arma na mão é só forçar a lembrança e voltar em 11 de setembro de 2001, onde duas felizes torres com suas empáfias de ícones da economia norte-americana, lotadas em um grande complexo da ilha de Manhatan, projetadas pelo arquiteto Japonês Minoru Yamasaki, foram literalmente detonadas. Após quase dez anos completos Barak Obama, pronuncia que o mundo está livre do terrorismo do chefe da Al-Qaeda. E as praças lotaram de Patriotas, com suas bandeiras e suas maneiras mac donalds de se alimentarem gritando o nome do país que mais promoveu a guerra dentro da história. Torcemos para que sendo confirmada esta morte, se não for um truque para aumentar à popularidade do Presidente, que se possa repensar as ações junto aos povos que precisam garantir a sua soberania, com liberdade de expressão para seus cultos e suas políticas ideológicas, com a linha partidária que adotarem para o crescimento do seu povo, que respeitem partir de então cada pedaço de terra que for habitada na ciência de que tentar ser polícia do mundo, muitas vezes o preço é literalmente muito alto. Enquanto isto pelas bandas da Capital Mineira, prestes a completar um ano do desfecho em que colocou o ex-goleiro Bruno atrás das grades, o caso retoma seu teor de ebulição, jornais dão conta que o Marcos Aparecido de alcunha “bola” teria confidenciado a um colega de cela, que o corpo de Elisa Samudio fora queimado e atirado às cinzas em uma lagoa. Também contou que tinha planos audaciosos para matar um advogado, um delegado, uma juíza e outras duas pessoas do seu desafeto. Tudo que alguns setores da imprensa sensacionalista precisavam para atiçar fogo no marasmo que se instalara nos últimos meses. Advogados que não se entendem digladiando em causas próprias, vão construindo argumentos e provocando novas cenas nesse espetáculo que parece tirado dos contos de Edgar Allan Poe. Quem havia se formado na tese de que os cães do ex-policial comeram os restos torturados da Elisa, agora muda de opinião e refaz as fantasias acreditando na cremação e nas cinzas atiradas na água. Já houve quem dissesse que a moça estava viva gastando o dinheiro ganho com a barriga nos Estados Unidos. Também cogitaram em um boteco do Mercado Municipal que poderia ser uma rede Alienígena que desaparece com corpos sem deixar vestígios, o que abriria espaço para um debate mais profundo sobre o sumiço de Chiquinho. Conjecturas alopradas a parte, o que se sabe é que talvez ninguém nunca saiba a verdade da boca dos autores, ou do autor e os co-autores ou ainda do mandante e os mandados. Pelo visto Bruno ainda tem algum dinheiro na caixinha, pois vários hospedeiros claramente estão “colados com ele” segundo fala coloquial. O que resta saber é se vier uma condenação e seus anos de prisão passarem dos trinta, se esta turma de pseudos-amigos continuarão com a mesma amizade. Até a próxima.