Virose.
Alguém de pouca influência, ou melhor, pouquíssima influência chega a um hospital quase morrendo, com febre, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dor de barriga, diarréia, dor no corpo, vomitando... Ufa! É virose, vai pra casa e toma um remedinho qualquer, repousa um pouquinho (eu quis dizer bastante), tome um banho, beba muita água, e não volte mais aqui tão cedo. Como se água fosse remédio, como se pessoas com um pouco menos de condição financeira pudessem se dar ao luxo de ir pra casa e esperar a tal da virose passar. Nossa digníssima presidente - que ainda não sossegou o facho direito no Brasil depois da posse - chega a um hospital com a mesma virose - só que no caso dela não foi diagnosticado virose - e uma equipe médica completa, mais o segurança do hospital, a mocinha da copa, e o rapaz da limpeza, constatam que ela precisa de repouso absoluto. Ah! Neste caso os médicos olham pra cara dela, ainda tem isso. Mas isso tudo não é culpa dos médicos, eles estão completamente isentos de qualquer – qualquer mesmo – tipo de culpa, se é que existe pecado, pois a culpa é da direção que quem comanda quis dar à saúde publica.
Nossa saúde publica lamentavelmente caminha torto por linhas certas...
Quando isso tudo vai mudar?
Se tem senha de vez nos hospitais eu não sei, faz tempo que não vou a um. Mas pobres, esperem sentados!