A EDUCAÇÃO COMO PRÁXIS SOCIAL TRANSFORMADORA
O Homem vive no mundo, e nele opera, sonha, ama e idealiza dias melhores, inevitavelmente promove mudanças, alterações, transformações. Partindo desse pseudo posto basilar universal, é que podemos pensar em processos intervencionistas de educação; a educação aqui pensada como meios e ações que intermedeiam as relações intrínsecas entre o homem e a realidade social onde ele vive. É neste instante real, inseparável e indissociável da sua vivência com os meios externos circundada pela realidade que a educação ganha singularidade, importância e magnitude, as mais variadas formas e ou práticas do fazer educacional formal que a humanidade historicamente conhece, tem sofrido inúmeras alterações ao longo dos processos históricos, econômicos, culturais e sociais___ todos esses interesses subordinados e financiados pela burguesia brasileira___, que a humanidade conheceu até o presente, independentemente do alinhamento político histórico, fato inconteste desta subordinação, tem sido o papel social que as práxis pedagógicas vêem assumindo ao longo desses períodos de construção socialmente edificada pelo homem.
A história da trajetória da educação, tem mostrado___ com ampla e farta cobertura de fatos, circunstâncias e fundamentação teórica___, a verdadeira face da educação, muitas das vezes, uma ferramenta de propagação, reprodução e continuidade da ideologia burguesa dominante. A educação e seus processos operacionais enquanto expressão máxima da racionalidade humana, deveria estar a serviço da promoção pessoal, individual do homem e sua consequente conquista da liberdade; ao contrário, o que temos é um histórico de subserviência e servidão da maioria esmagadora da nossa população em prol de meia dúzia de favorecidos: a classe dominante burguesa nacional. Os processos educativos que deveriam ser um instrumento de promoção, mudança e transformação social, presta-se tão somente á legitimação e manutenção dos atuais quadros de exploração e submissão social, um dispositivo multi-eficaz recorrido muitas vezes para garantir, divulgar e promover as armadilhas espoliatórias de um capitalismo segregador e invariavelmente injusto; um modelo social econômico unicamente comprometido com as classes políticas e economicamente dominantes, em outras palavras, com meia dúzia de apaniguados e aloprados do poder.
As mudanças de paradigma com ênfase à relação existente entre uma pedagogia da libertação e os poderes de gestão das práticas pedagógicas, vêm tomando espaços generosos entre àqueles que fazem e se encontram comprometidos com uma política de educação gratuita e de qualidade: professores, pedagogos especialistas e teóricos, esses concebem que, os processos pedagógicos libertários devem e devem estar a serviço da emancipação do homem, dos mais pobres, dos trabalhadores. Partindo desse pressuposto inarredável de que a Educação é um ato político e solidário, entendemos e somos defensores ardorosos e intransigentes de que as intervenções pedagógicas somadas às teorias da educação convertam-se em um conjunto de estratégias educativas cujo olhar não se divorcie das novas demandas de homens e mulheres que se encontram na vala comum do fosso da ignorância, do analfabetismo, do analfabetismo funcional, da subserviência parasitária; para tanto, imprescindível é a adoção de novas ações e intervenções pedagógicas cujo fim primeiro seja a ruptura das velhas, antigas e arcaicas práticas pedagógicas de natureza burguesa, essas novas ações adotadas como um todo orquestrado, pode promover no meio social em que a escola se encontra inserida, a tão sonhada transformação, uma mudança que traga no seu bojo constitutivo o produto e cria da luta política de uma educação transformadora. O advento de uma pedagogia libertadora, operada no seio das novas práticas pedagógicas, apontam rumo às conquistas sistemáticas do direito universal à liberdade: de pensar, de agir, de decidir, de ser. Em última instância, romper definitivamente com os resquícios ainda presente nas nossas escolas de uma prática pedagógica em muito, se não na sua totalidade, marcada, caracterizada pela desumanização e violência dos indivíduos, uma desumanização maquiavelicamente pensada, dirigida e aplicada contra os interesses da classe trabalhadora.
Dimas: professor-pesquisador, Pedagogo, pós-graduado, Mestrando em Educação e, militante do PCdoB- ma