A QUANTIDADE NADA CONTA...
O QUE IMPORTA SÃO AS RAZÕES!
Vez em quando dou-me a chance de fazer um balanço de minha vida. De como cheguei até aqui onde estou hoje (talvez não seja lá grande coisa, mas é tudo que tenho), como consegui libertar-me dos laços que me prendiam, tolhendo a liberdade, que todos almejam e que eu computei, esperançosa, a cada minuto em que vivi, alimentando meus sonhos.
Já não me rondam mais os impulsos daquela juventude transviada; a calça jeans desbotada jaz mal dobrada, no fundo do baú de velhas recordações, tão amarelecida quanto minhas vontades e anseios, que já não guardo mais. Ou os guardo, com mais temor e cuidado do que antes?
Findou-se a época das Rodas Vivas, dos Sonhos Impossíveis – e nem me pergunto mais: O que será... Que será? Mas ainda ouço, não mais na antiga vitrola, mas no moderno MP-6, a voz de Chico, me dizendo, mansamente: “Outra noite, outro sono... como se eu sonhasse o sonho de outro dono...”
O sabor de mel, que se derramava quente, da fonte das paixões para a minha boca, há tempos não sinto mais... A lembrança marcante dos braços fortes que me envolviam nas intermináveis horas de prazer, ainda me causam frisson, mas elas ficaram tão distantes, que custa-me acreditar em sua existência. Quanta falta me faz aquelas noites de outros sonos, quando eu sonhava os sonhos de outros donos...
Restam-me as infinitas noites sem sono... Os sonhos, interrompidos por tempo indeterminado, foram substituídos pela necessidade de sobreviver com dignidade e muita luta. Ainda me permito sonhar um terço deles, apenas, para me sentir viva... Que a causa primária dos sonhos é a vontade. E ela já não me abraça tão forte como antes.
Entre trancos e barrancos eu vou me deslocando de um lugar para outro, entre momentos de intensa alegria e outros, igualmente significativos de angústia – que ela é necessária, para valorizarmos os instantes de felicidade que nos visitam - permeados por sinais de melancolia, que teimam em marcar presença, em meus dias sem sol, nas longas noites insones, em minha alma indócil.
A vida é uma constante roda viva, de realidade e fantasia, em que, por descuido ou tolice, se não dançarmos em seu compasso, certamente perderemos esse jogo árduo e complexo. Para não me perder em meio ao redemoinho de incongruências que me habitam, vou transferindo, sutilmente, esses arrebatamentos para minha poesia. Eis que elas são, quase sempre, o retrato de mim mesma.
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OFEREÇO ESTA CRÔNICA AOS AMIGOS, ESCRITORES E POETAS QUERIDOS, QUE ME AUXILIARAM NA CONSTRUÇÃO DOS
2.000 TEXTOS, EDITADOS NESTE
RECANTO DAS LETRAS.
MUITO OBRIGADA!!!
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Texto embalado pela música
OUTRA NOITE
de Chico Buarque
Cliquem aqui.
http://www.millapereira.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=2939944
FERNANDINHA VEIO ME TRAZER ALEGRIA.
M.as então temos 2000 textos publicados?
I.nspiração e beleza pra todo lado
L.indos versos, encantados
L.inda menina, Milla Pereira
A.poeta graciosa e faceira.
P.ublica algo sobre sua vida
E.la sabe o quanto é querida
R.ealmente ela sabe como encantar
E.nos teus sonhos, vamos contigo sonhar
I.nvadindo este teu belo espaço
R.osas espalho e deixo um abraço
A.amizade é um lindo laço.
*Parabéns pela conquista, menina Milla*
Ainda que hoje o dia seja de tristeza, não poderia deixar de vir aqui ler tua crônica (texto 2000) e te parabenizar, deixando-te este MIMO simples, mas com amor.
**A Paz do Senhor!! Beijooo**
(Fernanda Xerez)
Obrigada, Fernandinha,
Linda menina faceira.
A felicidade é minha
Em ter-te como parceira.
Dois mil textos são u’a marca
Para não se jogar fora.
Mas o leitor é quem arca
Com as besteiras – toda hora...
A gente vai escrevendo
P’ra não perder o compasso.
Enquanto sigo vivendo:
-mando-lhe um beijo e abraço!
(Milla Pereira)